(Baltazar o Cabecinha de Ouro)
"Nunca fui bom com os pés, mas, com a cabeça, nem o Pelé foi melhor do que eu", dizia ele sem constrangimento.
Osvaldo Silva, Nasceu a 14 de Janeiro de 1926 em Santos e iniciou sua carreira como meia direita do Jabaquara AC em 1943. Apesar de se chamar Oswaldo Silva, o Cabecinha de Ouro usou nos gramados o nome de seu irmão, que também era jogador de futebol, mas que não conseguiu atingir sucesso que ele Oswaldo teve nos gramados. A primeira vitoria de ressonância de Owaldo Silva o, Baltazar foi quando, dois meses depois de sua estréia o Jabaquara surpreendeu o São Paulo líder do campeonato, no dia 9 de Julho de 1944, Em Ulrico Mursa, vencendo por 3 x 2, ali ele ainda era o meia direita. O dois gols do São Paulo tinham sido marcados por Luizinho Mesquita, e os gols Jabaquara, Foram por Bahia, Tom Mix e Baltazar. E nesse seu primeiro campeonato ele participou somente dois terços e marcou sete gols, sendo cinco de cabeça.
Osvaldo Silva, Nasceu a 14 de Janeiro de 1926 em Santos e iniciou sua carreira como meia direita do Jabaquara AC em 1943. Apesar de se chamar Oswaldo Silva, o Cabecinha de Ouro usou nos gramados o nome de seu irmão, que também era jogador de futebol, mas que não conseguiu atingir sucesso que ele Oswaldo teve nos gramados. A primeira vitoria de ressonância de Owaldo Silva o, Baltazar foi quando, dois meses depois de sua estréia o Jabaquara surpreendeu o São Paulo líder do campeonato, no dia 9 de Julho de 1944, Em Ulrico Mursa, vencendo por 3 x 2, ali ele ainda era o meia direita. O dois gols do São Paulo tinham sido marcados por Luizinho Mesquita, e os gols Jabaquara, Foram por Bahia, Tom Mix e Baltazar. E nesse seu primeiro campeonato ele participou somente dois terços e marcou sete gols, sendo cinco de cabeça.
Em 1945 Baltazar foi contratado pelo Corinthians, aos 19 anos de idade diretamente contratado ao Jabaquara A.C. do bairro do Macuco em Santos, (onde nasceu), pelo presidente Alfredo Ignácio Trindade, porque o Teleco estava encerrando a carreira e o Servilio já estava meio baleado...no inicio ele jogou como meia direita e somente no final da década de 40, com a saida do Servilio, ele foi jogar como centro avante.
O sei primeiro campeonato paulista pelo Corinthians foi no ano de 1946 que time tinha essa formação: Bino, Domingos da Guia e Aldo. Palmer, Helio e Aleixo. Claudio, Baltazar, Servilio, Rui e Walter (Pipi). Veja que também no Corinthians ele começou como meia direita, já que Servilio que era pai de um outro Servilio que brilharia vinte anos depois era o titular como centro avante.
O sei primeiro campeonato paulista pelo Corinthians foi no ano de 1946 que time tinha essa formação: Bino, Domingos da Guia e Aldo. Palmer, Helio e Aleixo. Claudio, Baltazar, Servilio, Rui e Walter (Pipi). Veja que também no Corinthians ele começou como meia direita, já que Servilio que era pai de um outro Servilio que brilharia vinte anos depois era o titular como centro avante.
Foi vice campeão em 1946, 1947, quarto colocado em 1948, quinto colocado em 1949, quinto colocado em 1950, no campeonato paulista, mas já tinha sido campeão pelo torneio Rio São Paulo em 1950, sendo artilheiro do torneio com nove gols. Sendo que no jogo decisivo que valeu o titulo foi um empate de 1 x 1 contra o Botafogo , com gols de Noronha e Otavio, e o Corinthians jogou com Bino, Nilton e Belfare. Idario, Touguinha e Helio. Claudio, Luizinho, Baltazar, Nelsinho (Edelcio) e Noronha.
Em 1950 foi convocado pelo Flavio Costa para a seleção brasileira, porque tinha que ter um jogador do Corinthians na seleção e ao invéz de convocar o Claudio (ponta direita) preferiu o Baltazar (que aliás jogou somente o jogo contra a Suíça no Pacaembu, no qual marcou um gol no empate de 2x2) (foto) No Corinthians ele marcou muitos gols, e vários de cabeça e, não demorou muito, o compositor e critico musical, Alfredo Borba, corintiano roxo, compôs uma musica dedicado a ele com o titulo de, “Gol de Baltazar”, que foi gravada no ano de 1952, pela cantora Elza Laranjeira. “Gol de Baltazar, gol de Baltazar, salve o cabecinha um a zero no placar”. Seu primeiro titulo do campeonato paulista foi em 1951, (na foto acima o time dos 103 gols) ai Baltazar já era um craque consagrado, marcou 24 gols e só não foi o artilheiro do campeonato por que seu companheiro de clube Carbone, cismou de marcar 30. No jogo final em que o “timão” venceu o Guarani por 4 x 0, Baltazar marcou dois gols, e Jakson e Carbone os demais. E ai o time era Cabeção, Murilo e Julião. Idario, Touguinha e Lorena. Claudio, Luizinho, Baltazar, Carbone ( Jakson) e Mário. Nesse mesmo ano de 1951, Baltazar fez o seu primeiro jogo internacional, jogando fora do país, seu batismo internacional não podia ser mais rigoroso, enfrentando a poderosa seleção Uruguaia campeã mundial, titulo conquistado um ano antes no Brasil. E o Corinthians venceu com uma goleada de 4 x 1, juntamente com seus colegas. Cabeção, Homero e Rozalem, Idario, Touguinha e Julião (Roberto). Claudio,Luizinho, Carbone (Nardo) e Colombo, (Nelsinho).
Nesse ano 1951, êle ganhou um concurso do jogador mais popular do Brasil e ganhou um automovel Studbaker zéro (promoção americana para vender esta marca e que tinha uma revendedora na av.São João dom a Avenida Ipiranga. Anos mais tarde ele teve um incidente com seu carro Cadilac na Via Dutra que teve um incêndio. Baltazar era o grande ídolo corintiano e torcida sempre fiel, se cotizou e deu outro carro para ele de presente.
Foi bi campeão em 1952, ai como artilheiro absoluto com 27 gols. Mas a gloria mesmo para Baltazar foi a conquista do titulo paulista de 1954, quando a cidade de São Paulo comemorava seus 400 anos, e o titulo veio em fevereiro de 1955 um Mês depois de terminado a desta do IV Centenário, sendo esse o maior titulo não só do Corinthians como dele Baltazar.
Baltazar jogou pelo Corinthians de 15 de Novembro de 1945, até 26 de Abril de 1957, 402 jogos ele disputou e marcou um total de 267 gols pelo Corinthians, 70 desses gols de cabeça. Ainda em 1957 jogou pelo Juventus da Mooca, daí voltou a Santos onde jogou novamente pelo Jabaquara, e por fim ainda em 1959 no União Paulista de São Paulo.
Seis anos após sua despedida dos gramados, foi convidado pelo Corinthians para o cargo de auxiliar técnico, cargo que exerceu até ser efetivado como técnico em 1970. Como treinador alcançou bons resultados levando a equipe a fase final do Campeonato Brasileiro, em 1971, nessa época a equipe corintiana já amargava um jejum de 17 anos sem títulos; mas as derrotas, no mesmo campeonato, combinadas a uma série de desentendimentos entre treinador e diretoria, acabaram causando sua demissão. Insistiu na carreira de técnico por alguns anos em equipes menores, contudo, sem sucesso.
Nas fotos Baltazar dos anos 1950, a esquerda contra o Santos com o zagueiro Helvio, e a direita com Palante, num jogo contra o Palmeiras
Garça FC, um dos ultimos times que Baltazar jogou, em 1958, na foto ele tem a sua esquerda China, que foi ponta direita do São Paulo FC de 1947 a 1949.
Fora dos gramados, como varios jogadores do passado, Baltazar passou por dificuldades financeiras, se defendeu como pôde, vendendo livros, comerciante e por quatro anos trabalhou como carcereiro no extinto presídio do Carandiru. Foi casado com Neli Capelupi, uma grande cantora que na vida artistica era conhecida como Nilcéia Rojers, com quem viveu por mais de 40 anos e, teve dois filhos(um casal) Carlos Alberto Silva (batata) hoje com 55 anos, que tambem foi jogador de futebol e jogou entre outros clubes no Botafogo carioca onde conseguiu algum destaque e terminou sua carreira de futebolista no Bandeirantes de Birigui ao final dos anos 1980 ainda jovem com 34 anos. Hoje aos 55 anos é um prospero emprezario dos transportes. A filha Lourdes Giaconia, de 50 anos é, casada com Mauro Giaconia e tem três filhos, o mais novo é Maurinho, que cultua a memoria do avô. O sucesso da familia deve-se mais a grande companheira de Baltazar, Neli, que soube driblar as dificuldades e levar seus filhos ao sucesso na vida cotidiana. Como sempre, o homem que tem uma grande mulher ao lado não morre desamparado.Nos anos mais dificeis da vida de Baltazar, ele teve sempre o respaldo de sua esposa que mesmo passando por serias dificuldades financeiras esteve junto ao "cabecinha de ouro" até o final de sua vida, que pouco antes de sua partida sofria do mal de Alzheimer, por esse motivo esteve desaparecido por varios dias, sendo encontrado perambulando em uma das cidades do litoral.
Baltazar (Osvaldo Silva) faleceu no Hospital Santa Izabel, localizado na Serra da Cantareira (Zona Norte de São Paulo), dia 25 de março de 1997 aos 71 anos em decorrência de seus múltiplos problemas físicos.
Baltazar (Osvaldo Silva) faleceu no Hospital Santa Izabel, localizado na Serra da Cantareira (Zona Norte de São Paulo), dia 25 de março de 1997 aos 71 anos em decorrência de seus múltiplos problemas físicos.
Nas fotos acima, um dos muitos gols de Baltazar, uma certeira cabeçada e indefensavel para o goleiro Laercio do Palmeiras por 2 x 1. Aconteceu no dia 15 de abril 1956, pelo torneio Rio São Paulo
Na primeira foto Baltazar está cabeceando. na segunda, Rafael corre para um possivel rebote
e, na terceira ele comemora o gol, de Baltazar "o cabecinha de ouro".
Na primeira foto Baltazar está cabeceando. na segunda, Rafael corre para um possivel rebote
e, na terceira ele comemora o gol, de Baltazar "o cabecinha de ouro".
Aqui Baltazar esta no centro do ataque da selação brasileira, que tinha,Maneca, Zizinho, Ademir Menezes e Chico, em 1949. Baltazar participou de dois jogos na copa mundial de 1950. Na partida inaugural contra o México 4x0, sendo autor de um dos quatro gols, e o segundo jogo no Pacaembu contra a Suiça, (foto abaixo) no empate de 2 x 2, sendo ele o autor do segundo gol Brasil. Da esquerda para a direita em pé, Rui, Barbosa, Augusto, Bauer, Noronha e Juvenal. Agachados. Alfredo, Maneca, Baltaar, Ademir e Chico e o massagista Mario Americo.
A copa de 1954 começou com esse gol marcado por Baltazar nas elinatorias contra o Paraguai.
Este é o time que disputou a Copa do Mundo de 1954. Da esquerda para a direita. Djalma santos, Brandãozinho, Newtin Santos, Pinheiro, Mário Americo(massagista)Castilho e Bauer; Agachados. Julinho, Didi, Baltazar, Pinga e Rodrigues.O Cabecinha de Ouro está imortalizado no jardins da "Fazendinha" (Parque São Jorge) com um busto de bronze, com a fisionomia bem parecida a sua real, coisa dificil dos artistas conseguir. Baltazar fez parte da minha infância, era um tempo que a garra corinthiana, estimulava os corintianos, sempre a espera das viradas, que vinha e, a atenção nervosa dos adversarios torcendo para que isso não viesse a acontecer.
Como dizia Fiori Giglioti. Baltazar ficara por todo sempre, incrustado na ternura e na sinceridade do nosso cantinho de saudade.
Texto e pesquisa: Mário Lopomo.
Colaboração: Flavio Rocha e José Paulo de Andrade.
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