quinta-feira, 25 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Infelizmente hoje Fabio Cripa deixa a vida dos vivos para entrar na eternidade da historia do futebol brasileiro.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Baltazar o cabecinha de ouro
(Baltazar o Cabecinha de Ouro)
Osvaldo Silva, Nasceu a 14 de Janeiro de 1926 em Santos e iniciou sua carreira como meia direita do Jabaquara AC em 1943. Apesar de se chamar Oswaldo Silva, o Cabecinha de Ouro usou nos gramados o nome de seu irmão, que também era jogador de futebol, mas que não conseguiu atingir sucesso que ele Oswaldo teve nos gramados. A primeira vitoria de ressonância de Owaldo Silva o, Baltazar foi quando, dois meses depois de sua estréia o Jabaquara surpreendeu o São Paulo líder do campeonato, no dia 9 de Julho de 1944, Em Ulrico Mursa, vencendo por 3 x 2, ali ele ainda era o meia direita. O dois gols do São Paulo tinham sido marcados por Luizinho Mesquita, e os gols Jabaquara, Foram por Bahia, Tom Mix e Baltazar. E nesse seu primeiro campeonato ele participou somente dois terços e marcou sete gols, sendo cinco de cabeça.
O sei primeiro campeonato paulista pelo Corinthians foi no ano de 1946 que time tinha essa formação: Bino, Domingos da Guia e Aldo. Palmer, Helio e Aleixo. Claudio, Baltazar, Servilio, Rui e Walter (Pipi). Veja que também no Corinthians ele começou como meia direita, já que Servilio que era pai de um outro Servilio que brilharia vinte anos depois era o titular como centro avante.
Foi vice campeão em 1946, 1947, quarto colocado em 1948, quinto colocado em 1949, quinto colocado em 1950, no campeonato paulista, mas já tinha sido campeão pelo torneio Rio São Paulo em 1950, sendo artilheiro do torneio com nove gols. Sendo que no jogo decisivo que valeu o titulo foi um empate de 1 x 1 contra o Botafogo , com gols de Noronha e Otavio, e o Corinthians jogou com Bino, Nilton e Belfare. Idario, Touguinha e Helio. Claudio, Luizinho, Baltazar, Nelsinho (Edelcio) e Noronha.
Em 1950 foi convocado pelo Flavio Costa para a seleção brasileira, porque tinha que ter um jogador do Corinthians na seleção e ao invéz de convocar o Claudio (ponta direita) preferiu o Baltazar (que aliás jogou somente o jogo contra a Suíça no Pacaembu, no qual marcou um gol no empate de 2x2) (foto) No Corinthians ele marcou muitos gols, e vários de cabeça e, não demorou muito, o compositor e critico musical, Alfredo Borba, corintiano roxo, compôs uma musica dedicado a ele com o titulo de, “Gol de Baltazar”, que foi gravada no ano de 1952, pela cantora Elza Laranjeira. “Gol de Baltazar, gol de Baltazar, salve o cabecinha um a zero no placar”. Seu primeiro titulo do campeonato paulista foi em 1951, (na foto acima o time dos 103 gols) ai Baltazar já era um craque consagrado, marcou 24 gols e só não foi o artilheiro do campeonato por que seu companheiro de clube Carbone, cismou de marcar 30. No jogo final em que o “timão” venceu o Guarani por 4 x 0, Baltazar marcou dois gols, e Jakson e Carbone os demais. E ai o time era Cabeção, Murilo e Julião. Idario, Touguinha e Lorena. Claudio, Luizinho, Baltazar, Carbone ( Jakson) e Mário. Nesse mesmo ano de 1951, Baltazar fez o seu primeiro jogo internacional, jogando fora do país, seu batismo internacional não podia ser mais rigoroso, enfrentando a poderosa seleção Uruguaia campeã mundial, titulo conquistado um ano antes no Brasil. E o Corinthians venceu com uma goleada de 4 x 1, juntamente com seus colegas. Cabeção, Homero e Rozalem, Idario, Touguinha e Julião (Roberto). Claudio,Luizinho, Carbone (Nardo) e Colombo, (Nelsinho).
Nesse ano 1951, êle ganhou um concurso do jogador mais popular do Brasil e ganhou um automovel Studbaker zéro (promoção americana para vender esta marca e que tinha uma revendedora na av.São João dom a Avenida Ipiranga. Anos mais tarde ele teve um incidente com seu carro Cadilac na Via Dutra que teve um incêndio. Baltazar era o grande ídolo corintiano e torcida sempre fiel, se cotizou e deu outro carro para ele de presente.
Foi bi campeão em 1952, ai como artilheiro absoluto com 27 gols. Mas a gloria mesmo para Baltazar foi a conquista do titulo paulista de 1954, quando a cidade de São Paulo comemorava seus 400 anos, e o titulo veio em fevereiro de 1955 um Mês depois de terminado a desta do IV Centenário, sendo esse o maior titulo não só do Corinthians como dele Baltazar.
Baltazar jogou pelo Corinthians de 15 de Novembro de 1945, até 26 de Abril de 1957, 402 jogos ele disputou e marcou um total de 267 gols pelo Corinthians, 70 desses gols de cabeça. Ainda em 1957 jogou pelo Juventus da Mooca, daí voltou a Santos onde jogou novamente pelo Jabaquara, e por fim ainda em 1959 no União Paulista de São Paulo.
Seis anos após sua despedida dos gramados, foi convidado pelo Corinthians para o cargo de auxiliar técnico, cargo que exerceu até ser efetivado como técnico em 1970. Como treinador alcançou bons resultados levando a equipe a fase final do Campeonato Brasileiro, em 1971, nessa época a equipe corintiana já amargava um jejum de 17 anos sem títulos; mas as derrotas, no mesmo campeonato, combinadas a uma série de desentendimentos entre treinador e diretoria, acabaram causando sua demissão. Insistiu na carreira de técnico por alguns anos em equipes menores, contudo, sem sucesso.
Baltazar (Osvaldo Silva) faleceu no Hospital Santa Izabel, localizado na Serra da Cantareira (Zona Norte de São Paulo), dia 25 de março de 1997 aos 71 anos em decorrência de seus múltiplos problemas físicos.
Na primeira foto Baltazar está cabeceando. na segunda, Rafael corre para um possivel rebote
e, na terceira ele comemora o gol, de Baltazar "o cabecinha de ouro".
sábado, 28 de agosto de 2010
Eder Jofre
Nos anos 1950 as noitadas de Box eram na sexta feira. O ginásio do Pacaembu viu grandes lutas em que se destacava Paulo de Jesus como uma das boas esperanças de campeão. Porem um Argentino acabou com essa esperança ganhando por nocaute. Veio a revanche e outra vitoria do Argentino. Depois Paulo de Jesus passou a ser um lutador de jornadas normais e derrotou Milton rosa por nocaute , numa luta em que Milton Rosa ficou com parte do corpo paralisado, Tinha também Paulo Sacoman, Pedro Galasso que chegou ao titulo Sul Americano.
Em 1957 despontou um jovem lutador filho de um técnico já famoso Kid Jofre, Era Eder Jofre que como amador teve um grande adversário um Argentino Ernesto Miranda numa luta que teve gente que chegou a dizer que o Argentino havia ganhado e ouve patriotada com os juízes dando empate.
Os dois se tornaram profissionais e a primeira luta como profissional Eder venceu por pontos numa luta muito contestada pelos Argentinos. Ai as lutas já eram no ginásio do Ibirapuera inaugurado em 25 de janeiro de 1957. Teve a revanche também no Ibirapuera, e nessa luta eu estava próximo ao corner de onde ficava um dos lutadores.
Quando veio a noticia de que alguém do staff do lutador Argentino jogou um envelope com o corpo de uma moça nua com o rosto da Cidinha noiva de Eder. Quando a luta começou Eder foi com tudo pra cima do Argentino, que não agüentou dois assaltos. Uma saraivada de golpes no fígado e baço. Fez o Argentino ficar ajoelhado bem próximo onde eu encontrava, e o ginásio lotado vibrava. O Argentino ficou por ali mesmo e o arbitro da luta levantou o braço do brasileiro. Eder tinha se tornado campeão Sul Americano.
Quando o Argentino saiu do Ring, apanhou dos espectadores que sabiam do que havia acontecido antes da luta. Eder já era ranqueado e ia em busca do titulo mundial. A luta que credenciaria Eder Jofre para disputar o titulo foi com um mexicano Joe Medel, no Olimpic Auditorium, em Los Angeles. Mais de três mil espectadores estavam no mesmo ginásio que Eder tinha derrubado Joe Medel.
Era uma quinta feira as 21 horas e aqui, hora da madrugada, com os brasileiros ouvindo a transmissão de Pedro Luiz pela radio pan-americana. Foi uma luta em que os dois poderiam ir a nocaute. Houve uma troca de socos que vinha de todos os lados pelos dois contendores, que chegou ao ponto de não haver mais técnica. Eder chegou a ser derrubado, mas levantou e ouviu do seu pai e técnico Kid Jofre. Vai que sua mãe esta torcendo por você. Eder sangrava pelo nariz, e num golpe de esquerda pegou o rosto do mexicano e um forte golpe de direita acertou a mandíbula do seu adversário que caiu e não levantou. Essa luta foi como uma eliminatória para o titulo mundial para a disputa do titulo mundial dos pesos galos até 53,524 kg. Seu adversário agora, seria o mexicano Joe Becerra, o campeão mundial que se recusou a lutar com Eder deixando o titulo vago.
Três meses depois da luta contra Joe Medel, Eder ia disputar o titulo mundial contra Eloy Sanches, outro Mexicano e nessa luta Eder não teve muito trabalho para nocautear seu adversário. Finalmente tivemos um campeão mundial.
Todas as lutas que Eder fazia no Ibirapuera eu estava lá. E vários lutadores encardidos vinham para lutar contra o nosso campeão. Um americano que não lembro o nome tomava pancada uma atrás da outra e não caia. Os mais entendidos diziam que o adversário de Eder estava sonádo.
Sonádo é o lutador preparado para receber os golpes e não sentir. Já em outra luta Eder pegou um Chileno chamado Claudio Barrientos, Eder bateu no cara do começo ao fim da luta. Ele caiu 10 vezes e levantava, e conseguiu ficar os 10 assaltos de pé perdendo por pontos, quem ia ao ginásio queria ver sangue, e quando saia do ginásio sem haver um nocaute saia frustrado. Certa ocasião teve uma luta exibição do Eder contra um lutador brasileiro que nem ranqueado era. Lembro-me como se fosse hoje, foi no dia seguinte que nasceu o primeiro filho de Eder, A luta em favor de uma instituição, estava sendo levado em banho Maria. E um golpe um pouco mais forte no fígado levou o adversário a nocaute, e o próprio Eder o ajudou a se levantar. E eu já não agüentava maios em ver a luta como se desenvolvia e gritei, Eder manda preá lona! Quem não gostou foi um homem do meu lado que disse meio bravo. É uma luta exibição rapaz!
Eder colocou o titulo em jogo varias vezes, e em 1965, foi ao Japão e como sempre tinha problemas com peso, no dia da luta fiava enrolado em cobertor, ou então cuspindo o dia todo para perder peso, que o desgastava na hora da luta.
Mesmo no verão Eder tinha que se enrolar em cobertores para emagrecer, e manter o peso dos galos, 53 kg.
Para nos brasileiros Eder ia ao Japão e como sempre ia encher a cara do japonês Masahico (Fighting) Harada, de pancada e seria mais um a beijar a lona. era um dia de meio de semana, aqui no Brasil era nove horas da manhã e todos de ouvido no radio para ouvir a transmissão de Flavio Araujo pela radio Bandeirantes a única emissora brasileira presente no Japão. A torcida era grande, mas o japonês com barba por fazer e roçando o seu rosto ao do brasileiro, conseguiu segurar Eder levando a luta até o final, e surpreendentemente com vitoria do japonês. Um resultado bastante contestado pelos brasileiros. Houve a revanche e como o Japonês era o detentor do titulo. Para o locutor esportivo Fiori Giglioti, que apenas irradiava futebol. a barba por fazer do japonês irritou Eder que perdeu a concentração. Mas havia a revanche e segundo os entendidos o "raio não cai duas vezes no mesmo lugar". Eder foi a revenche com nossa esperança de ele voltar de lá com o titulo reconquistado. Mas ele voltou mais uma ves derrotado por pontos, desta vez sem contestação alguma.
Eder mudou de categoria por causa do peso e foi para a categoria peso leve, onde também chegou ao titulo, mas para isso teve que fazer varias lutas, e numa dessas ele lutou contra um adversário oriental, que também era outro “joão teimoso “ que não ia a nocaute. Seu manager colocava um tubo com um liquido em seu nariz, o que chamou atenção de um expectador a meu lado a beira do rink que gritava para o juiz. Curi veja o que é isso que ele cheira. A luta foi até o fim e a vitoria por pontos.
domingo, 22 de agosto de 2010
Gilmar dos Santos Neves
Gilmar do Santos Neves nasceu em Santos em Julho de 1930.
Com 15 anos de idade foi jogar bola no C A Jabaquara o “Leão do macuco”. Sei lá por que, mas a verdade é que ele foi jogar no gol e no campeonato paulista de 1950, Gilmar sofreu 53 gols no correr daquele campeonato e não era de interesse do Jabaquara, e quando o Corinthians em 1951 foi comprar a grande revelação do campeonato Ciciá médio volante do Jabuca, e ao ser sacramentado o negocio os dirigentes do Corinthians com surpresa ouviram: - Olha levem esse nosso goleirinho.
E Gilmar veio de graça para o Corinthians e a imprensa escreveu que ele veio de contra peso.
Já em 1951, ele foi guindado a titular no lugar de cabeção também da mesma idade e nascido no mesmo mês Julho. Quando chegou o mês de Novembro de 1951 veio o jogo contra a Portuguesa de desportos a grande aza negra dos grandes do futebol e armazém de pancadas dos pequenos. E naquele dia Gilmar teve o azar de ver pela frente Julio Botelho (Julinho) com o diabo no corpo, marcando 4 gols na sempre lembrada goleada de 7 x 3.
Como sempre os dirigentes colocam a culpa em algum jogador. E essa culpa caiu em cima do goleiro que já era apelidado de Girafa. Chovia a “cântaros” naquele domingo e os diretores da Portuguesa queriam adiar o jogo, já que Julinho não estava nas melhores condições físicas. Os dirigentes do Corinthians “expertos” rejeitaram a idéia, e deu no que deu, justamente quem parecia não estar bem acabou com o jogo, e quem levou a culpa foi o goleiro Gilmar que foi afastado e ficou praticamente um ano na reserva.
Ele voltou a ser titular e deu a volta por cima, sendo inclusive o responsável pelo titulo do IV Centenário de 1954. Implicância no Corinthians contra ele sempre teve no parque São Jorge a tal ponto que em 1961, ele teve que sair e foi justamente para um clube da cidade onde nasceu. Santos.
sábado, 7 de agosto de 2010
Arthur Friendereich
O primeiro grande craque do futebol brasileiro
* Meu pai viu Friendereich jogar muitos anos, dizia ele que Fried era mulherengo e pouco ligava para o dinheiro. Ganhava muito dinheiro por parte de torcedores endinheirados. Eles iam até o vestiario e diziam:
- Fried se você marcar dois gols te dou tanto. A quantia não era pouca.
O Clube Atlético Paulistano era um clube da nata da sociedade abastada, e dinheiro para aquela gente não fazia falta. Após a partida em que geralmente ele marcava gols o dinheiro entrava em seu bolso no próprio vestiário e dali. Ia ele e os demais iam para a farra. No dia seguinte dinheiro já não havia mais.
Disse meu pai ainda, que certa vez um "Janota" lhe ofereceu um carro esporte se ele marcasse dois gols, ele marcou e saiu do campo montado no carro. Foi para a noitada, junto com os amigos, e no dia seguinte voltou para casa a pé.
Depois que deixou o futebol trabalhou por muitos anos na Cervejaria Antártica Paulista.
Não morreu na Rua porque o São Paulo FC sucessor do paulistano alugou uma casa para ele morar.
* Texto de Mário Lopomo
** Arthur Friedenreich (1892-1969), filho do comerciante alemão Oscar e da lavadeira brasileira Matilde, nasceu mulato de olhos azuis, no bairro da Luz, em São Paulo.
Foi um dos maiores jogadores do futebol brasileiro e, segundo o Guinness Book (o Livro dos Recordes), o maior artilheiro de toda a história do futebol, com 1.329 gols marcados ao longo de 26 anos de carreira.
Na realidade, Fried marcou apenas 1.239 (nesse caso, é superado por Pelé, com comprovados 1.282). O livro "Gigantes do Futebol Brasileiro" inverteu os algarismos em sua primeira edição e foi o responsável pela confusão. Neste ano (1962), Mário de Andrada disse ao jornalista Adriano Neiva da Motta e Silva, que tinha todas as fichas de todos os jogos de Fried, podendo provar que o craque tinha jogado 1.329 partidas, marcando nada mais nada menos que 1.239 gols. Andrada, porém, morreu antes de mostrar as fichas a Adriano.
Mas, se em número de gols o Tigre ou Fried (apelidos pelo qual era conhecido) não foi superior a Pelé, na média ele conseguiu tal façanha. Nas 561 partidas catalogadas pelo historiador Alexandre Costa, tendo como referência pelo menos dois jornais, Correio Paulistano e O Estado de São Paulo, o atacante marcou 554 gols. Uma média de 0,99 gols por partida, contra 0,93 de Pelé.
Até hoje historiadores tentam, em vão, descobrir quantos gols fez "Fried" em sua carreira. Sabe-se apenas que o pai, Sr. Oscar, chegou a anotar em um caderno os primeiros gols do filho.
Em 1918, o atacante confiou a tarefa ao colega do time CA Paulistano, Mário de Andrada, que seguiu a trajetória do craque até a última partida de sua carreira, em 21 de julho de 1935, no jogo Flamengo 2 a 2 Fluminense (não marcou gols).
Iniciou sua carreira no futebol ainda adolescente na cidade de São Paulo, nos clubes Germânia (atual Pinheiros), Mackenzie, Ypiranga e o Paulistano, que hoje são apenas clubes sociais e já não atuam no futebol profissional. Começa a se destacar pela imaginação, técnica, estilo e pela capacidade de improvisar. A sua posição de origem foi a de centro avante. "El Tigre" acabou introduzindo novas jogadas no futebol brasileiro, na época ainda amador, como o drible curto, o chute de efeito e a finta de corpo.
Antes do início das partidas, alisava o cabelo com gomalina para ficar mais parecido com os colegas de gramado. Foi artilheiro do Campeonato Paulista oito vezes, a começar pelo campeonato paulista de 1912, com 16 gols, jogando pelo Mackenzie. Em 1929, pelo Paulistano, foi artilheiro pela última vez do campeonato com 29 gols.
Fried, na Seleção Brasileira
Na chamada fase "pré-seleção brasileira", vestiu a camisa do selecionado nacional pela primeira vez em 1912, no jogo contra o selecionado paulista (Brasil 7 a 0) - fez dois gols. Disputou a primeira partida pela seleção brasileira "oficial", em 1914, diante do time inglês Exeter City, nas Laranjeiras, em que o Brasil venceu por 2 a 0. Sua despedida aconteceu em 1935, em um jogo contra o River Plate, no dia 23 de fevereiro, no qual o Brasil ganhou por 2 a 1. Friendenreich fez pela seleção principal 23 jogos e marcou 12 gols (incluindo a fase pré-seleção). Já na seleção de veteranos, em 1935, disputou 2 jogos e marcou 2 gols.
Em 1919, no Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, tornou-se uma celebridade internacional, vestindo a então camisa branca da Seleção Brasileira. Depois de mais de 120 minutos de partida, fez o único gol do jogo contra o Uruguai, dando o título sul-americano ao Brasil. Foi carregado em triunfo e apelidado pelos uruguaios de El Tigre. Não disputou nenhuma Copa do Mundo.
Excursão ao exterior
Uma excursão do Paulistano à Europa em 1925, deu a ele a chance de participar de um marco histórico do futebol do país. No dia 15 de março, pela primeira vez, um time brasileiro jogava no "velho continente". Ele comandou a goleada de 7 a 2 na França, que deu início a uma série de outras vitórias. E é apelidado de "roi du football" (rei do futebol).
A grande decepção de Fried
Uma atitude infeliz do presidente da Liga Paulista, Elpídio de Paiva Azevedo, causou uma das maiores decepções de Friendenrich na carreira. Após saber que a comissão técnica da Seleção não teria nenhum paulista, o dirigente impediu a ida de jogadores do estado para a Copa do Mundo, no Uruguai. Assim, "El Tigre" nunca sentiu o sabor de disputar uma Copa do Mundo.
Abandonou a carreira aos 43 anos, em 21 de julho de 1935, quando ele vestiu a camisa do Flamengo (mas não marcou gols) num 2 a 2 contra o Fluminense.
Títulos:
Campeão Paulista em 1918, 1919, 1921, 1926, 1927 e 1929, pelo Paulistano e, em 1931, pelo São Paulo da Floresta
Campeão Brasileiro de Seleções Estaduais, por São Paulo em 1920, 1922 e 1923
Campeão Sul-Americano pela Seleção em 1919 e 1922.
Campeão da Copa Rocca em 1914 (primeiro titulo da seleção na história)
Clubes na carreira: Germânia, Atlas, Ypiranga, Mackenzie, Paulistano, São Paulo da Floresta, Internacional, Atlético Santista e Santos, todos de São Paulo; Dois de Julho/BA, Atlético/MG e Flamengo/RJ
Artilharia
Campeonato Paulista:
1912 - 16 gols, pelo AA Mackenzie
1914 - 12 gols, pelo CA Ypiranga
1917 - 08 gols, pelo CA Ypiranga
1918 - 23 gols, pelo CA Paulistano
1919 - 26 gols, pelo CA Ypiranga
1921 - 33 gols, pelo CA Paulistano
1927 - 13 gols, pelo CA Paulistano
1929 - 29 gols, pelo CA Paulistano
Faleceu aos 77 anos, em um casarão, cedido pelo São Paulo FC, na Rua Cunha Gago, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, vítima de arteriosclerose.
** por Sidney Barbosa ........22/07/2008
terça-feira, 6 de julho de 2010
PALESTRA ITALIA
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Em homenagem ao Palestra Itália (atual S.E. Palmeiras) vários outros clubes adotaram a mesma denominação em municípios do interior paulista, estando alguns deles ainda em atividade, tais como; Palestra Esporte Clube de São José do Rio Preto "", Palestra de São bernardo e outros.
Interessante notar ainda que houve um clube denominado Palestra Itália, que não praticava futebol, na cidade de Nova Iorque, onde a influência da imigração italiana também deixou influências socioculturais muito fortes.
terça-feira, 27 de abril de 2010
MEMORIAS DO PACAMEBU
O Palmeiras sagrou-se campeão paulista de 1950 com o empate por 1 a 1 contra o São Paulo, em 28 de janeiro de 1951. O gol de abertura foi assinalado pelo são-paulino Teixeirinha, aos 4min do primeiro tempo. Aos 16min do segundo tempo, Aquiles decretou o empate.Esse jogo foi denominado de o jogo da lama, devido o charco que se transformou o gramado. Aliaz um dos defeitos da construção do estádio. Ali era um brejo e a drenagem era incipiente para penetração da agua. O estado do gramado favoreceu o Palmeiras, no lançamento de Jair de 40 jardas a bola parou na poça d´agua e Aquiles se aproveitou na saida de Mario, Goleiro do São Paulo tocou a bola na rede. Abaixo Luiz Villa e Valdemar Fiume, comemoram o titulo.
A história do estádio também teve brigas. As gerais do estádio Pacaembu depois da confusão durante o jogo da final do Campeonato Paulista em que o São Paulo conquistou o título ao vencer o Corinthians por 3 a 1, em 29 de dezembro de 1957. Após o terceiro gol do São Paulo feito por Maurinho, o jogo foi interrompido por seis minutos em virtude das inúmeras garrafas atiradas sobre o gramado.
As taças que serão oferecidas pelo jornal Última Hora ao vencedor do jogo de 16 de março de 1958 no Pacaembu, entre Santos e São Paulo. Admirando os troféus, aparecem os jogadores santistas Dorval, Pagão, Pepe, Afonsinho e Pelé
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A Concha acústica deixou de existir para a construção do tobogã; obra foi realizada na década em 1970. Esse foi o crime cometido contra o Pacaembu, a derrubada da concha
Em 1995 aconteceu um dos mais tristes episódios da história do estádio. A briga entre torcedores do São Paulo e do Palmeiras na partida final da Supecopa São Paulo de Juniores teve como saldo 101 feridos e a morte de Márcio Gasparin da Silva, 16 anos
******************************** O Pacaembu também foi palco de acontecimentos históricos. Israelenses festejam no estádio do Pacaembu a criação do Estado de Israel, em 1947. A imagem fez parte da exposição "Imagens de Fato - 80 Anos de Folha"
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E até o presidente da República já deu o ar da graça no Pacaembu. O então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, Luiz Inácio da Silva, o Lula, em assembleia geral no estádio, em 31 de outubro de 1979. Os metalúrgicos da capital, cerca de quatro mil operários, decidiram continuar a greve pelo quarto dia consecutivo ao rejeitarem a proposta de conciliação do TRT
domingo, 4 de abril de 2010
Cassius Clay
*-O mundo do Box tinha um campeão que parecia ter vida longa com o titulo mundial em suas mãos. Era Sonny Liston. O passado de Sonny Liston atual campeão mundial de todos os pesos (1963), era um criminoso com 19 passagens policiais e, diversas prisões por delitos de roubo, assalto a mão armada em plena rua e tentativa de assassinato. Liston era pobre, sem instrução, teve má companhia e gangsters que o seduziram.
**– “Você pode tornar-se campeão do mundo”, ainda que Liston nada conhecia da arte. Dava pancadas sem se impressionar com os golpes dos adversários. E esta é a sua arte ainda hoje, pois pouco aprendera. Também não precisa. É caso único na história do pugilismo. Liston, era o portador da coroa do Box mundial. Já tinha enfrentado pugilistas com golpes excepcionalmente potentes. Recebeu-os sem pestanejar, impassivelmente, e foi avançando até que pôde aplicar seu coice, liquidando o adversário, tenha ele os golpes fracos ou da máxima potência.Geraldine, mulher e secretária de Liston, lê as cartas que o afamado campeão ainda não consegue decifrar. O antigo “fora da lei”, agora milionário por intermédio de algumas poucas pancadas, apresenta-se com relógio de ouro maciço e com igual anel, no mínimo , munido de diamante.
**- Cassius Clay entrou no ringue Miami Beach vestindo um roupão curto, bordado nas costas com a inscrição “The Lip”(O Lábio). Rápido, esbelto e 22 anos. Pela primeira vez na vida, sentiu medo. O ringue estava cheio de pugilistas de futuro ou decadentes, de segundos e de empresários. Clay os ignorou. Começou se aquecendo, jogando o peso do seu corpo de um pé para o outro, arrastando-se desanimado no inicio, como um maratonista de dança às dez para ameia noite, mostrando aos poucos mais velocidade e prazer. Após alguns minutos, Sonny Liston, campeão mundial dos pesos pesados, atravessou as cordas e pisou na lona, cauteloso como se entrasse numa canoa. Usava um roupão com capuz. Seus olhos baços não traiam a preocupação, eram olhos mortos de um homem que jamais recebera favores da vida e nunca dera moleza a ninguém. Não pretendia começar logo agora, com Cassius Clay.
O tempo foi passando e Cassius Clay dominava a luta.Liston exibia dois olhos roxos. Envelhecera uma década em quinze minutos. Clay havia adorado a cena na época. As pessoas gritavam cada vez que o campeão dava um soco. Cassius Clay dançava e jabeava. No sexto assalto, mais parecia um toureiro cravando bandarilhas no cachaço do touro. No final do assalto, o campeão sentou-se na banqueta e lá ficou. Desistiu.
O jovem Ali sorriu ao se ver jovem, dançando pelo ringue e gritando, “Sou o rei do mundo!” Subindo nas cordas e apontando para os cronistas esportivos gritava “Engulam suas palavras”. No dia seguinte, Cassuis Clay anunciaria que não era apenas campeão do mundo dos pesos pesados, mas também um membro da Nação do Irlã. Mais algumas semanas e teria um nome nome: Muhammad Ali. E em poucos anos o menino rápido e engraçado de Louisville, Kentucky, se transformaria por seus atos em um dos norte-americanos mais eletrizantes e atraentes de sua época.
* -Para surpresa de todos aqui no Brasil, as noticias das agencias, France Press, Ansa e United Press, mostravam radio fotos da luta em que aquele jovem tinha ganhado por nocaute técnico.Começava ai a fama de um dos maiores lutadores dos pesos pesados. O nome dele é Cassius Clay e os que o conheciam de perto colocaram um apelido que o definia como “tagarela”. Ele era a partir dessa luta o campeão mundial de Box. O campeão mundial não cansava de falar, de ditar cátedra em suas entrevistas sempre diferente, mas iguais na sua auto-promoção. Cassius Clay nasceu para falar, lutar, falar, viajar, falar, colecionar vitórias, falar, viver a vida faustosa de um ídolo no pedestal.
Jabs, no rosto do adversário e golpes no fígado, baço. Sempre acima da linha da cintura. Seu adversário estava bambeando em cima do rink, e ele fazia questão de não derrubá-lo. Era talvez um recado a seus severos críticos que achavam ele um autentico criminoso querendo matar seu adversário. Com muita certeza ele queria dizer a quem pudesse interessar que o Box não era apenas ver o ser humano caído aos pés de alguem.
**-Em uma de suas afirmativas, ele foi bombástico – “Posso ser campeão durante 20 anos. Mas não quero. Ficarei apenas com o titulo por mais 10 anos, para ser sucedido pelo meu irmão. Depois dele, virá outro membro da nossa família e o cetro máximo do pugilismo não sairá mais da clã dos Clay”. É assim o singular pugilista. Manancial inesgotável para os jornalistas, é eterna notícia, com as extravagâncias de suas palavras e as atitudes invulgares de um esportista, que tem muito mais de humorista. Quando veio a noticia que jovens americanos iam ser chamados para a guerra do Vietnã, ele se converteu ao islamismo, com o nome de Muhammad Ali passou para a história com duas: “Eu sou o maior” e “Flutuar como uma borboleta, picar como uma abelha”.
* - Por se negar a ir a guerra do Vietnã, teve seu titulo mundial cassado. Ficou no ostracismo até voltar e recuperar em cima do rink seu titulo. Continuou o mesmo de antes quebrando a cara de muiat gente e falando pelos cotovelos, sua marca maior.
Como é freqüente no box, para ele, o inicio foi melhor do que o fim. Sparring de um boxeador quando começou, graças a forma física e ao excelente reflexo, logo se destacou. Mesmo assim, acabou vencido pelo próprio corpo. Muhammad Ali interrompeu sua carreira algumas vezes por causa da política e excesso de dinheiro. Em sua melhor fase, ninguém conseguia tocá-lo, por sua rapidez. Dizem que depois de derrotar Sonny Liston, Ali nunca mais foi o mesmo, mas ainda assim era melhor que qualquer outro.
*- Texto - Mario Lopomo
** -Texto - Museu do esporte
terça-feira, 30 de março de 2010
COPA DO MUNDO 1970
No dia 31 de agosto de 1969 o selecionado brasileiro jogava a sua ultima cartada para ir ao Mexico jogar a copa do mundo de 1970. Brasil x Paraguai chegavam em condições de vencer. Uma vitoria do Paraguai deixaria o Brasil fora da copa. Com um de Pele perante 186 mil torcedores o maior publico pagante do Maracanã, o Brasil venceu por 1 x0 O tecinico era João Saldanha, comentarista esportivo da TV Globo.Tostão abraça Pelé logo depois de ele marcar o gol davitoria.
O selecionado brasileiro vinha de um rotundo fracasso da copa de 1966 na Inglaterra. Erros de quatro anos antes foram corrigidos. Apenas 23 jogadores foram convocados (3 goleiros). João Saldanha quando convocou já disse que time seria o titular. A maioria era do Santos e Botafogo os melhores times da época. Graças ao sucesso na faze de classificação, João Saldanha (foto) deu a impressão que seria realmente o técnico até o final da copa. Porem se indispôs contra o presidente da republica Emílio Garrastazu Médici, que queria ver Dario como titular. Ele teria dito que o presidente mandava no Brasil, mas na seleção mandava ele.
A partir daí ele foi fazendo muita besteira. Como comentarista TV Globo. Ele dava primazia a sua emissora para as noticias referentes ao selecionado brasileiro. Os jogadores que ele não gostava ia, dispensando, e para tal desculpas esfarrapadas eram dadas. A noite a comissão técnica se reuniu e dispensou o jogador Toninho Guerreiro do São Paulo F C. Este levantou bem cedo e viu o repórter da radio bandeirantes Roberto Silva no hotel, e foi logo dizendo: - Roberto, você já esta sabendo da minha dispensa? Disseram que estou com problema no coração.
Roberto Silva, que tinha o apelido de olho vivo, ligou rapidamente para São Paulo informando, e a radio bandeirantes deu o maior furo de reportagem daquela copa. Quando Saldanha soube ficou fulo da vida, esbravejou, pois aquele furo era para a Globo. A tarde no treino da seleção quando Roberto Silva chegou Saldanha foi ao seu encontro, depois de falar um monte de palavrões teve com a intenção de agredi-lo. Só não o fez porque foi contido por quem estava por perto.
Dizia-se que o presidente queria ver o jogador na Seleção. Mas com o time em desacerto, tudo era motivo para o questionamento, levando Saldanha a retrucar as opiniões que os repórteres diziam ser do presidente com a mais célebre de suas tiradas: "Pois olha: o presidente escala o ministério dele que eu escalo o meu time". Não se sabe ao certo se Médici estava tão empenhado na escalação de um jogador específico.
A receptividade dos Mexicanos, para com o selecionado brasileiro foi magnífica. Depois que e seleção anfitriã foi desclassificada a torcida foi toda a favor do Brasil.
Jogador de futebol na concentração, quando não joga bilhar. Joga baralho, Carlos Alberto, Gerson, Clodoaldo, Falix, Leão e Piazza, estão atentos na caxeta.
Logo de inicio contra a Tchecoslovaquia, Jairzinho mostro a que veio marcou dois gols e passou a ser o furacão da copa
Foi o jogo mais dificil do Brasil, com o sol do meio dia, queimando a cabeça de todos.
Aqui foi Rivelino quem partiu pra cima dos ingleses.
Depois de vinte anos o Brasil se encontrava com o Uruguai numa copa do mundo. Os uruguaios falavam e maracanasso, e que os brasileiros iam tremer. Mas com uma raça incomum o Brasil jogou talvez a sua melhor partida. Vencia por 2 x 1. E quando os uruguaios foram com tudo pra cima do time brasileiro felix se incumbiu de fazer a sua parte. No contra ataque a bola foi a Pelé, que vendo Rivelino chegando simplesmente rolou a bola para um chute forte contra o gol defendido por Mazurkievisk, marcado o terceiro gol brasileiro.
Carlos Alberto Torres, imita Belini e Mauro levantando o caneco que seria nosso para sempre não fosse o roubo dela em 1983.