INDUSTRIAS REUNIDAS FRANCISCO MATARAZZO
Francisco Matarazzo:
Um imigrante bem sucedido. Talento, sagacidade e uma boa estrela constroem um império industrial.
Funcionarios da fabrica de banha,o inicio de tudo, na cidade de Sorocaba, em 1881, quando aqui chegou.
Abaixo o enterro de Francisco Matarazzo Filho, que ficou conhecido como o conde Chiquinho o seguidor da grande obra do pai. Ele faleceu em 1977, quarenta anos após a morte do pioneiro. Até esse ano as empresas iam muito bem. Porem seus filhos homens, não eram muito de ficar a par das empresas. Ermelino tinha tido infarto em seu Iate em alto mar, quando teve outro nas mesmas circunstancias sucumbiu. Porem, quem esteve sempre ao lado do pai, foi sua filha Maria Pia. Que depois da morte dele ficou a frente das empresas, Houve revolta por parte dos irmãos, mas como ela era quem estava ao lado dele trabalhando e, a par das empresas, coube a ela dar continuidade ao complexo industrial. Na certa deixado escrito por seu pai.
Ele é o imigrante mais famoso que se conhece, tinha 27 anos quando veio para o Brasil em 1881, acompanhado por sua esposa, Filomena, e de dois filhos. Vinha de Castellabate, na Campanha (sudoeste da Itália), onde ficaram seus irmãos. Seu pai, advogado e proprietário de terras, havia falecido quando ele era ainda adolescente. A instabilidade política da Itália, decorrente das guerras de unificação (1860-1870), havia abalado as finanças da família, o que obrigou Francisco a ingressar no comercio, logo que terminou o curso secundário.
Ainda na Itália, adquiriu experiência empresarial criando porcos e dedicando-se a venda de toucinho e banha. O sonho de “fazer a América” foi o desafio que o trouxe ao Brasil, terra de novas oportunidades e mercados, para onde já tinha imigrado outros membros da comunidade de Castellabate. Ao embarcar para a nova pátria, Francisco trazia “bons conselhos e um milhar de liras” Junto com ele vinha também um carregamento de banha, que lhe permitia iniciar-se no comercio. Mas essa mercadoria naufragou nas costas brasileiras, o que desanimaria espíritos menos resolutos. O próprio Matarazzo, em entrevista posterior a Vicenso Blancato, relembra o começo de sua nova vida.
“Aqui desembarcando, com a bolsa cheia de vontade de trabalhar, dirigi-me para Sorocaba (interior de São Paulo), onde dei inicio a minha carreira, ajudado por meu conterrâneo, o qual reunia as funções de sapateiro e de conselheiro municipal.(...) Abri botequim, ou venda, como se diz aqui no Brasil”.
Estabelecido com esse empório em maio de 1882, Matarazzo dedicou-se ao comercio de importação de banha, farinha de trigo e outros gêneros, viajando freqüentemente a Santos e para a capital. A conjuntura econômica da época extremamente favorável ao comercio, devido ao crescimento das cidades, trouxe prosperidade ao incansável comerciante.
Logo ele se voltaria também para a industria. Criar porcos, comprar da vizinhança e produzir banha foi uma feliz de Francisco. E mais feliz ainda a idéia de vendê-la em nova embalagem: a lata.
Na época a banha era importada dos estados Unidos e vinha em barris de madeira. As pequenas industrias nacionais do ramo usavam esses mesmos recipientes, que por serem grandes demais, dificultavam o comercio no varejo, oferecendo o perigo de deterioração da mercadoria. As pequenas latas de banha produzidas por Matarazzo fizeram sucesso no mercado.
Em 1888, ele possuía duas fabricas de banha, em Sorocaba e em Capão Bonito, com os ossos de porco, produziam também botões e barbatanas de colarinho. Em 1890, transferiu-se para a capital a fim de ampliar os negócios.
Dez anos depois, a 15 de março de 1990, vamos encontrá-lo inaugurando, no bairro do Brás, o imenso moinho Matarazzo, construído segundo os moldes da arquitetura inglesa e destinado a produzir farinha de trigo e massas alimentícias. A partir de então, seus negócios diversificaram-se notavelmente. Em 1902 a oficina mecânica do moinho foi transformada numa fabrica independente, da qual surgiria mais tarde a metalúrgica Matarazzo, e em 1904 seria inaugurada, também no Brás, a tecelagem de algodão Mariângela, que fazia sacos para embalar a farinha, tecidos estampados para vestimenta.
O aproveitamento das sobras de matéria-prima da tecelagem de origem as fabricas de óleo e sabão Sol Levante, que utilizavam os caroços do algodão. Logo surgiriam em outros bairros de São Paulo e em outros estados, como no Paraná novas unidades Matarazzo, como uma serraria produtora de embalagens, artigos para carpintaria e fósforos. As industrias Reunidas F Matarazzo constituíam uma sociedade anônima da qual participavam o futuro conde e seus irmãos José e Luiz, que vieram da Itália no final do século XIX .
Até 1900, a principal fonte de credito da empresa era o London & Brazilian Bank. Mas, nesse mesmo ano, Francisco Matarazzo resolveu organizar sua própria casa bancaria.
Ao lado de Giuseppe Pugliese,um dos fundadores do Moinho Santista; de Emilio Falchi, dos chocolates Falchi, e de Egidio Gambá, dono dos Grandes Moinhos Gambá, inaugurou o banco Commerciale Italianodi São Paulo, com um capital de 2000 contos de réis. Cinco anos depois, a 24 de novembro de 1905, afasta-se de Falchi e de Pugliese e funda, com Egidio Gamba, o Banco Italiano Del Brasile. No fim da década, em dezembro de 1910, Matarazzo podia fazer o primeiro balanço de sua vida empresarial, enquanto contemplava, de uma janela de seu palacete na Avenida Paulista, a noite de São Paulo; Em 1887, o capital nominal de suas empresas somava 20 contos de réis; treze anos depois, em 1900, esse capital havia saltado 2010 contos, alcançando um crescimento total de 9950% sobre o capital inicial. Dez anos mais tarde, o conde podia vangloriar-se de possuir o maior complexo fabril da América do Sul. O capital de sua empresa chegara a 8000 contos de réis.
“Eu lhe faço notar que não tive jamais, nem procurei ter o que se chama patrão”.
Ainda na Itália, adquiriu experiência empresarial criando porcos e dedicando-se a venda de toucinho e banha. O sonho de “fazer a América” foi o desafio que o trouxe ao Brasil, terra de novas oportunidades e mercados, para onde já tinha imigrado outros membros da comunidade de Castellabate. Ao embarcar para a nova pátria, Francisco trazia “bons conselhos e um milhar de liras” Junto com ele vinha também um carregamento de banha, que lhe permitia iniciar-se no comercio. Mas essa mercadoria naufragou nas costas brasileiras, o que desanimaria espíritos menos resolutos. O próprio Matarazzo, em entrevista posterior a Vicenso Blancato, relembra o começo de sua nova vida.
“Aqui desembarcando, com a bolsa cheia de vontade de trabalhar, dirigi-me para Sorocaba (interior de São Paulo), onde dei inicio a minha carreira, ajudado por meu conterrâneo, o qual reunia as funções de sapateiro e de conselheiro municipal.(...) Abri botequim, ou venda, como se diz aqui no Brasil”.
Estabelecido com esse empório em maio de 1882, Matarazzo dedicou-se ao comercio de importação de banha, farinha de trigo e outros gêneros, viajando freqüentemente a Santos e para a capital. A conjuntura econômica da época extremamente favorável ao comercio, devido ao crescimento das cidades, trouxe prosperidade ao incansável comerciante.
Logo ele se voltaria também para a industria. Criar porcos, comprar da vizinhança e produzir banha foi uma feliz de Francisco. E mais feliz ainda a idéia de vendê-la em nova embalagem: a lata.
Na época a banha era importada dos estados Unidos e vinha em barris de madeira. As pequenas industrias nacionais do ramo usavam esses mesmos recipientes, que por serem grandes demais, dificultavam o comercio no varejo, oferecendo o perigo de deterioração da mercadoria. As pequenas latas de banha produzidas por Matarazzo fizeram sucesso no mercado.
Em 1888, ele possuía duas fabricas de banha, em Sorocaba e em Capão Bonito, com os ossos de porco, produziam também botões e barbatanas de colarinho. Em 1890, transferiu-se para a capital a fim de ampliar os negócios.
Dez anos depois, a 15 de março de 1990, vamos encontrá-lo inaugurando, no bairro do Brás, o imenso moinho Matarazzo, construído segundo os moldes da arquitetura inglesa e destinado a produzir farinha de trigo e massas alimentícias. A partir de então, seus negócios diversificaram-se notavelmente. Em 1902 a oficina mecânica do moinho foi transformada numa fabrica independente, da qual surgiria mais tarde a metalúrgica Matarazzo, e em 1904 seria inaugurada, também no Brás, a tecelagem de algodão Mariângela, que fazia sacos para embalar a farinha, tecidos estampados para vestimenta.
O aproveitamento das sobras de matéria-prima da tecelagem de origem as fabricas de óleo e sabão Sol Levante, que utilizavam os caroços do algodão. Logo surgiriam em outros bairros de São Paulo e em outros estados, como no Paraná novas unidades Matarazzo, como uma serraria produtora de embalagens, artigos para carpintaria e fósforos. As industrias Reunidas F Matarazzo constituíam uma sociedade anônima da qual participavam o futuro conde e seus irmãos José e Luiz, que vieram da Itália no final do século XIX .
Até 1900, a principal fonte de credito da empresa era o London & Brazilian Bank. Mas, nesse mesmo ano, Francisco Matarazzo resolveu organizar sua própria casa bancaria.
Ao lado de Giuseppe Pugliese,um dos fundadores do Moinho Santista; de Emilio Falchi, dos chocolates Falchi, e de Egidio Gambá, dono dos Grandes Moinhos Gambá, inaugurou o banco Commerciale Italianodi São Paulo, com um capital de 2000 contos de réis. Cinco anos depois, a 24 de novembro de 1905, afasta-se de Falchi e de Pugliese e funda, com Egidio Gamba, o Banco Italiano Del Brasile. No fim da década, em dezembro de 1910, Matarazzo podia fazer o primeiro balanço de sua vida empresarial, enquanto contemplava, de uma janela de seu palacete na Avenida Paulista, a noite de São Paulo; Em 1887, o capital nominal de suas empresas somava 20 contos de réis; treze anos depois, em 1900, esse capital havia saltado 2010 contos, alcançando um crescimento total de 9950% sobre o capital inicial. Dez anos mais tarde, o conde podia vangloriar-se de possuir o maior complexo fabril da América do Sul. O capital de sua empresa chegara a 8000 contos de réis.
“Eu lhe faço notar que não tive jamais, nem procurei ter o que se chama patrão”.
(Francisco Matarazzo).
Funcionarios da fabrica de banha,o inicio de tudo, na cidade de Sorocaba, em 1881, quando aqui chegou.
Abaixo o enterro de Francisco Matarazzo Filho, que ficou conhecido como o conde Chiquinho o seguidor da grande obra do pai. Ele faleceu em 1977, quarenta anos após a morte do pioneiro. Até esse ano as empresas iam muito bem. Porem seus filhos homens, não eram muito de ficar a par das empresas. Ermelino tinha tido infarto em seu Iate em alto mar, quando teve outro nas mesmas circunstancias sucumbiu. Porem, quem esteve sempre ao lado do pai, foi sua filha Maria Pia. Que depois da morte dele ficou a frente das empresas, Houve revolta por parte dos irmãos, mas como ela era quem estava ao lado dele trabalhando e, a par das empresas, coube a ela dar continuidade ao complexo industrial. Na certa deixado escrito por seu pai.
Quem esteve sempre ao lado do conde Chiquinho, foi sua filha Maria Pia, e que ficou a frente das empresas depois que o pai morreu. Fez o que pode até quando deu. Depois elas entraram em concordata.
Andre Matarazzo, um dos filhos do conde Chiquinho, ao lado de sua esposa Maysa, ele faleceu em 1964.