domingo, 27 de abril de 2008

Dia 26 de Abril, dia do Goleiro

Nesse dia homenageamos aquele que tem a tarefa mais difícil no futebol, o goleiro. A tarefa é, não deixar passar gols. O goleiro segundo historiadores é, um desgraçado. Onde ele pisa não nasce nem grama. Quando chove fica pisando naquele lamaçal.











Eu (foto de 1960) como futebolista varzeano e, sem muita habilidade com a bola no meio do campo tive o destino de tantos quantos gostavam de jogar bola. Os mais habilidosos diziam: Olha, vai para o gol, vai! E as vezes dava certo. E comigo deu. Joguei em alguns dos bons clubes da várzea do Itaim, Vila Olimpia e como todo cara quando entra no time vai jogar no segundo quadro. Comigo não deu outra. Só que com o passar do tempo, lá estava todo metido jogando no primeiro quadro.

Começava como substituto. Na falta do titular vai lá o cara, quebra essa! Dizia o diretor esportivo, quando a coisa dava certo era uma dor de cabeça a mais para o “treinador” que na várzea era chamado de diretor esportivo. Tinha uns que mais parecia um profissional de clubes da primeira divisão profissional.Era o Caso do João Lancelloti, diretor do Araraquara do Itaim. Aos sábados tínhamos que ir ao campo onde hoje é o parque do povo para treinar. Eu e o outro goleiro tínhamos que nos desdobrar cima as bolas jogadas com a mão por ele. Era um tal de cair para a esquerda ou direita e ter que se levantar para pegar outra. Geralmente de dez bolas jogadas por ele com a mão sete ia para o fundo da rede. Na foto eu tinha 21 anos (1960) essa foto foi tirada em Caieiras, no campo do time da fabrica de papel e celulose. Um jogão, não me lembro o placar, e, nem quem ganhou. Só sei que fiz um partidão. Até que fui muito bem como goleiro. Mas falando dos goleiros de verdade, no inicio dos anos 1950, tinha dois goleiros que gostava. Oberdan Cattani que vi jogar em 1950, quando fui pela primeira ves no parque antartica. Mas meu idolo mesmo era Gilmar dos Santos Neves, para mim o melhor goleiro do Brasil de todos os tempos.

Este é Oberdan Catani, que vi jogar pela primeira vez em Novembro de 1950, no velho parque antártica, numa partida contra o Nacional da rua comendador Souza que tinha o goleiro Furlam. Foi 4 x 1 para o Palmeiras e o gol que Oberdan levou foi marcado pelo beque Turcão contra. Num escanteio, cobrado pela ponta direita, a bola bateu no bico da chanca dele que estava perto da trave, indo para o fundo da rede do palmeiras.Outro goleiro que eu gostava era o Castilho (Carlos Castilho) do Fluminense. Titular da seleção brasileira no lugar de Barbosa (Moacir Barbosa) goleiro da seleção até o final da copa do mundo de 1950.
Oberdan chegou no Palmeiras em 1941. Foi titular absoluto por muitos anos. Deixou seu posto momentaneamente por ter fraturado a clavícula, retomando seu posto quando se recuperou, estava sendo substituído por Lourenço. Em 1951 tomou quatro gols do Juventus da Itália no torio mundial de clubes no Pacaembu. Foi afastado.Oberdan foi um dos maiores goleiros da história do futebol paulista. Foi campeão paulista várias vezes e também campeão brasileiro, defendendo a seleção paulista. Defendeu tambem a seleção brasileira. Disputou 347 partidas com a camisa do Palmeiras. Gostaria de ter encerrado sua careira no Parque Antártica, entretanto, seus dirigentes não deixaram. Oberdan encerrou sua carreira no Juventus em 1956. Hoje, quando vai ao Parque Antártica é reconhecido pelos veteranos torcedores. Os dirigentes nem tanto. Poucos são os dirigentes que conhecem a história do próprio clube
Em seu lugar entrou Fabio, depois daquele jogo dos 4 x 0 contra o Juventus da Italia.

Fabio (foto ao lado)

Fez grandes partidas. Sendo a melhor de todas no segundo jogo contra o Vasco. No Pacaembu o Palmeiras tinha vencido o Vasco no Pacaembu por 2 x 1 e bastava um empate no maracanã para se classificar, num torneio que foi organizado para o Vasco ganhar, pois tinha um time muito forte. Seria um motivo para o povo esquecer a tristeza da perda da copa do mundo um ano antes. O Palmeiras que não pode contar com Waldemar Fiume,machucado teve Túlio em seu lugar. O Palmeiras suportou a forte pressão vascaína e foi para a final do torneio. Fabio nesse dia fez uma partida portentosa, pegando tudo. Na quarta feira o Palmeiras jogou novamente contra o Juventus da Itália ultimo jogo de Oberdan. O palmeiras venceu por 1 x 0 gol de Rodrigues de cabeça. Fabio se notabilisou novamente no gol. E depois no domingo novamente contra o Juventus da Itália, um empate de 2 x 2 deu o titulo de campeão mundial ao Palmeiras e a consagração ao goleiro (fotos: museu do esporte)









Em 1951, o campeonato paulista de futebol teve o goleiro mais vazado, Era o goleiro do Jabaquara Atlético Clube da cidade de Santos. Seu nome: Gilmar dos Santos Neves.
Era tão ruim que numa transação do Corinthians com o Jabaquara para a compra e venda do médio volante Ciciá, a grande revelação do campeonato de 1950 o ano santo.Depois de consagrada a negociação, os diretores do Jabaquara resolveram oferecer o goleiro mais vazado do campeonato anterior de graça ao time do parque São Jorge.Não demorou muito o “girafa” apelido dele por ser alto, estava como titular. Aquele desconhecido goleiro, que o povo só sabia de sua existência por ter sido o goleiro mais vazado do campeonato paulista de 1950 com 53 gols sofridos, estava como titular no campeonato paulista, no lugar de Cabeção.Um dia a tragédia aconteceu na carreira de Gilmar dos Santos Neves. Era um jogo com a Portuguesa de Desportos. Dizem que desgraça pouca é bobagem, o ponteiro direito Julinho, da Portuguesa, estava com a macaca, marcando quatro gols. Gilmar foi considerado culpado pela fragorosa derrota de 7 x 3. Porem teve algo que podia ser levado como desculpa. Num lance ele teve uma fratura no pulso e assim mesmo foi até o final do jogo. Naquele tempo não se podia fazer alteração. Foi afastado, e execrado, publicamente.Até de gaveteiro foi chamado. Gaveteiro era um termo muito usado a quem fazia corpo mole para seu time perder.Depois do jogo Brasil 5x 2 SueciaGilmar abraça Pele. o garoto de 17 anos.Ficou um ano na reserva. Nunca reclamou de nada.Mais de um ano depois o goleiro titular Cabeção se machucou e ele voltou, ainda com desconfiança de novo fracasso. Gilmar se firmou novamente como titular e foi o responsável por varias vitórias do Corinthians.
Em 1953 foi convocado pára defender a seleção brasileira do Sul Americano de Lima, entrando no segundo tempo no lugar de Castilho. Defendeu um pênalti. Também na seleção Paulista foi o goleiro titular.Gilmar estando no auge de sua carreira, já pensava no futuro. Em 1958, ele procurou o governador do estado senhor Jânio Quadros, pedindo um emprego publico. Sabia que a carreira de futebolista era curta. Era 1958, estava as vésperas da copa do mundo que ia ser disputada na Suécia. Jânio lhe disse: Vá, e, volte campeão.


Terá seu emprego.Quando ele voltou vitorioso, Jânio lhe deu o emprego desejado. Numa reportagem de A Gazeta Esportiva Gilmar foi fotografado em sua escrivaninha como o mais novo “barnabé” do serviço publico estadual. Mais tarde se apaixonou por uma moça muito bonita, que não era do seu status social. Houve uma pendenga. O pai da moça não queria. Futebolista não era bem visto na casta abastada. E tinha aquele negocio. “Eu criar uma filha com muito carinho para jogar na mão de qualquer um” ? Era mais ou menos isso. Dona Raquel devia ter uma mãe que era mais ou menos, como mãe de miss. Extremamente zelosa pela filha. Só sei que assim ou assado, Gilmar e Raquel, estiveram a frente do padre dizendo que estariam juntos na alegria e na tristeza, até a morte. Os dois estão vivos e bem vivos. Estão levando ao pé da letra a união na alegria e na tristeza.
Foto de Pelé chorando no ombro de Gilmar. No dia 29 de junho de 1958, no pequeno vestiário do estádio de Rasunda, em Estocolmo, o ambiente de descontração e confiança tinha desaparecido. E tudo começou quando Gilmar iniciou a velha rotina de vestir seu uniforme: meias cinza, calção e camisa de lã azuis. Tudo estaria bem se não fizesse frio. Mas ele queria a camisa que o protegia das baixas temperaturas suecas, desde da primeira partida. A supersticiosa e até então vitoriosa camisa 13. O corre-corre estava armado. E o roupeiro Assis era o culpado. Onde já se viu esquecer a camisa que nosso goleiro usava por baixo do blusão azul ? Bem que Gilmar tentou argumentar que superstição não ganha jogo e que ele jogaria com qualquer camisa. Mas a próprio cúpula da delegação insistia em manter a tradição. Era demais, o Brasil já ia entrar desfalcada de suas camisas amarelas, ia jogar com as camisas azuis. O campo estava molhado e os brasileiros não gostam de jogar em campos assim, e ainda por cima, Gilmar ia jogar sem a camisa 13.O próprio Gilmar deu a idéia. Pegaram uma camisa amarela com o numero 3 e colocaram um na frente, de esparadrapo. E foi assim que ele entrou em campo para fazer o jogo mais importante de sua vida. Naquele dia, conseguimos o que nenhuma seleção tinha conseguido. Foi a primeira Copa do Mundo conquistada pelo Brasil. Era o titulo máximo. A consagração total para qualquer jogador. O dia de glória para Gilmar.É bem verdade que, apesar do resultado de 5x2, do show de bola, dos gols inesquecíveis, a seleção brasileira teve um susto. Logo no começo, um cochilo da defesa e a Suécia abriu o marcador. Mas ninguém se desesperou. Ao contrário, todos escutaram quando Didi pegou a bola no fundo das redes e comentou para que todos ouvissem – “Vamos botar esses gringos na roda”. E botaram mesmo. Tanto que, quando os suecos fizeram seu segundo gol, o Brasil já vencia de 4x1. Depois veio o quinto gol, o choro, a festa, a consagração e a foto história em que aparece o menino Pelé chorando abraçado ao veterano Gilmar. E ele também chorou quando tocou o hino nacional brasileiro e quando foi levado por um repórter para falar com sua mãe que estava no Brasil. Gilmar chegava ao ponto mais alto de sua carreira. Era considerado o melhor goleiro do mundo. Gilmar dos Santos Neves jogou 100 partidas pela seleção com 71 vitórias, 14 empates e 15 derrotas. Vestiu a camisa da seleção pelo última vez no dia 12 de junho de 1969 jogando contra a Inglaterra. (revista placar)Foi um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro. Certamente, o mais laureado. Um craque em uma posição difícil e ingrata. Todos podem errar. O goleiro não. Uma grande defesa não é mais do que a obrigação do goleiro. Um frango pode ser o fim de uma carreira promissora.Ágil, seguro e de ótima colocação, Gilmar era uma segurança para seus companheiros. A confiança em Gilmar dava tranqüilidade a sua defesa. Nasceu na cidade de Santos no dia 22 de agosto de 1930 e iniciou sua carreira no pequeno Jabaquara. Apesar de ser o goleiro mais vazado do paulistão de 1950, foi contratado pelo Corinthians que tinha como titular Cabeção. Permaneceu no clube corinthiano durante onze anos. Conquistou três campeonatos paulista nos anos de 1951. 1952 e 1954. Dois Rio São Paulo nos anos de 1952 e 1954.Em 1962 se transferiu para o Santos onde conquistou cinco títulos paulistas de 1962. 1963. 1965. 1967.1968. Quatro Taça Brasil nos anos de 1962. 1963. 1964 e 1965. Três Rio São Paulo de 1963. 1964 e 1966. Taça Libertadores de 1962 e 63 e a Mundial de clubes nos mesmos anos de 1962. 1963. Na seleção brasileira foi convocado pela primeira vez em 1953 para substituir Castilho. Foi bi campeão mundial de seleções em 1958 na Suécia e 1962 no Chile. Também disputou o mundial de 1966 na Inglaterra. Na seleção brasileira disputou noventa e cinco partidas oficiais, de 1953 a 1969, quando encerrou sua carreira.(
TEXTO DA REVISTA OS IMORTAIS)

Gilmar em foto recente. Teve varias atividades. Foi comerciante, tinha uma concecionaria de veiculos, Chevrolet. Em 2000, foi nomeado a secretario municipal de esportes, por um gananioso politico, que conseguiu atraves da justiça colocar o prefeito Pitta, fora do poder municipal. Mas a mesma justiça, devolveu o cargo para o prefeito eleito pelo povo, e, despejou, o sonhador "prefeito". Talvez isso tenha mexido com o correto jogador Gilmar, que teve um AVC, estando até hoje se recuperando. Ao grande e correto goleiro, Gilmar, meu respeito.











Manga, goleiro do Botafogo carioca. Este também na teve muita sorte e o Brasil perdeu de 3 x 1 de Portugal voltando mais cedo para o Brasil. Manga como todo bom goleiro, foi tido como culpado pela derrota. Alguns goleiros tiveram a carreira esportiva como dirigente o treinador.










Carlos Castilho

Que também foi goleiro do selecionado brasileiro que disputou o Pan Americano do Chile em 1952, e o mundial da Suíça em 1954 também foi um destacado técnico. Treinando o Santos foi campeão paulista de 1984, depois foi para a Arábia, voltou ao futebol brasileiro. Em 1987 quando estava de regresso aos paises árabes queria que sua esposa também fosse. Como ela não quis ir, ele se jogou do apartamento em que morava no Rio de Janeiro falecendo. Fluminense x Bofafogo. Castilho esta atento ao lance.
Castilho, foi o maior goleiro da história do Fluminense. Vestiu a camisa do tricolor das Laranjeiras por quase vinte anos. Jogou pelo Fluminense 696 partidas e não sofreu gols em 255 delas. Conquistou os campeonatos carioca de 1951. 1959 e 1964. Pela seleção brasileira foi campeão sul-americano em 1949 como reserva de Barbosa. Participou de quatro Copas dos Mundo: 1950.1954. 1958 e 1962. Foi bi campeão em 58 e 62. No campeonato Pan Americano do Chile em 1952, jogou toas as partidas. Cedeu seu posto para Gilmar no segundo tempo de uma partida. Seu amor pelo Fluminense era tão grande que amputou um dedo da mão para voltar a jogar. Carlos José Castilho nasceu no dia 27 de novembro de 1927 e faleceu no dia 2 de fevereiro de 1987.



Leão (Emersom Leão)


Oriundo de São José dos campos, mas vindo ao Palmeiras do Comercial de Ribeirão Preto, era um emérito desconhecido. Quando um bom goleiro que depois se tornou técnico, chegando a seleção brasileira.Geninho , Sergio, Zetti, Poy, goleiros que se tornaram técnicos de futebol. Numa época em que os campos eram muito ruins, perto da trave onde ficava o goleiro, o gramado estava sempre “careca”. Costumava se dizer: O Goleiro é um desgraçado, pois onde ele pisa nem grama nasce.E por falar em desgraçado, pois o goleiro era sempre culpado pelas derrotas, tinha também eles as traições do futebol. Bolas que batiam numa saliência qualquer do terreno, indo a bola para o fundo da rede. Os gritos da torcida chamando-o de frangueiro, ou xingando sua mãe. Tinha também as armadilhas que faziam contra si.Num jogo do campeonato paulista de futebol do inicio dos anos 1960. 1962, presumível. Jogavam em Campinas, Botafogo de Ribeirão preto e Guarani. 1 x 1 estava o jogo.Quase ao final da partida o arbitro apitou um pênalti para o Guarani, contestado por todos os ribeirão-pretanos. Foi uma grande confusão e o jogo estava paralisado por vários minutos.Então o centro avante do Guarani, Paulo Leão, foi até o goleiro machado do Botafogo, e disse. Machado eu tenho um compromisso. Se essa confusão continuar vamos amanhecer aqui. Vamos fazer o seguinte diga a seus companheiros que eu vou bater o pênalti e chutar pra fora. Machado foi até os jogadores e apaziguou os ânimos e sendo assim os demais jogadores do Botafogo concordaram. Bola na marca de cal, Paulo leão se afastou correu para a bola e encheu o pé mandando a bola para o fundo da rede. Fonte revista O cruzeiro. Goleiro: “onde ele pisa nem grama nasce”.



Waldir Joaquim de Moraes.


Era do Rio Grande do Sul e jogava no Renner. Foi contratado pelo Palmeiras em 1958. Estreou contra o Corinthians, no primeiro turno do campeonato paulista, quando venceu por 2 x 1. Ficou até 1968. no Palmeiras jogava até machucado para não dar chance a outro goleiro. Foi convocado para a seleção brasileira que ia disputar a copa de 1966, mas foi dispensado. Porque ninguém sabe. No Palmeiras foi campeão paulista em 1959, 1963, 1966. Pelo Rio São Paulo foi campeão em 1965. Defendeu a camisa da seleção brasileira pelo palmeiras quando da inauguração do Mineirão.
















Barbosa


Foi o goleiro do selecionado brasileiro na copa do mundo de 1950 disputado no Brasil. Quando o jogoestava empatado em 1 x 1, aos 36 minutos do segundo tempo. o ponteirouruguaio Gigia entrou sozinho pela ponta direita, só tinha Barbosa a sua frente, de bico mando a bola para as redes. Barbosa foi tido como o responsavel pela derrota.magoa que levou a vida toda carregando para o tumulo. Numa entrevista dada ao radio Barbosa dizia que depois do jogo ele pegou sua chuteira e foi para o ponto do onibus, para ir para casa. Não tinha uma viva alma na rua. Quando desceu perto de casa a rua em que ele morava tambem estava vazia. uma enorme mesa posta com toalha e muitos comes de bebes na mesa porem não tinha uma pessoa. Apenas os cachorros lambiam os beiços.Barbosa morreu morando na cidade de Praia Grande, quando estava na praia tinha sempre que explicar o gol que tinha sofrido. Era o que mais lhe perguntavam.





































































domingo, 20 de abril de 2008

Brasil Campeão Sul Americano 1949

Esta equipe brasileira venceu a Colombia por 5x0 no pacaembu.
Em pé: Rui. Augusto. Mauro. Barbosa. Bauer e Noronha.
Agachados: Mario America (massagista). Claudio. Zizinho. Nininho. Jair e Simão.

Brasil - campeão sul-americano de 1949
(Tribuna da Imprensa)
A seleção brasileira, dirigida por Flávio Costa, preparou-se com cuidado para o Sul-Americano de 1949.
A rigor, a CBD cometeu apenas um erro, o de aceitar a imposição das federações do Rio e de São Paulo para escalar mais cariocas em São Januário e mais paulistas no Pacaembu. O primeiro jogo aconteceu no dia 3 de abril em São Januário. Foi um passeio – Brasil 9 x Equador 1. Gols de Simão 2. Tesourinha 2. Jair 2. Otávio. Zizinho e Ademir. No segundo compromisso, no Pacaembu, o Brasil massacrou a Bolívia marcando 10x1. Gols de Nininho 3. Simão 2. Cláudio 2. Zizinho 2 e Jair. O terceiro foi ainda em São Paulo. O Brasil ganhou do Chile por 2x1. Gols de Cláudio e Zizinho. No jogo contra a Colômbia nova vitória do Brasil por 5x0. Gols de Ademir 2. Tesourinha. Canhotinho e Orlando. A partir daí, a seleção voltou a atuar em São Januário. Goleou o Peru por 7x1. Gols de Jair 2. Simão. Ademir. Orlando. Augusto e Arce contra. Contra os uruguaios nova goleada: 5x1. Gols de Jair 2. Zizinho. Danilo e Tesourinha.Depois de tantos resultados com goleadas, a seleção brasileira chegou a final contra o Paraguai como favorita absoluta. Ninguém poderia admitir que os guaranis pudessem resistir ao time de Flávio Costa, ainda mais que ao Brasil bastava um empate. Na tarde da decisão, um domingo, em São Januário, o Brasil entrou em campo com Barbosa. Augusto e Wilson (Mauro). Eli. Danilo e Bigode. Tesourinha. Zizinho. Otávio. Jair e Simão. O Paraguai formou com Garcia. Gonzalito e Céspedes. Gavillan. Nardelli e Cantero. Fernandez. Lopes. Arce. Benitez e Avalos (Barrios). Diante da estupenda torcida que lotou São Januário, a seleção fez uma péssima partida, apesar de ter saído em vantagem no marcador com um gol de Tesourinha. No segundo tempo, porém, jogando com muita garra e empenho, Avalos e Benitez deram a vitória ao Paraguai por 2x1. O impossível aconteceu. Para a partida desempate, marcada para quarta feira à noite em São Januário, Flávio Costa fez algumas alterações. Para o lugar de Wilson escalou desde do inicio Mauro, então com 19 anos. Sacou Bigode e colocou Noronha. No ataque barrou Otávio e fez entrar Ademir. O resultado foi surpreendente: cumprindo uma excelente atuação, o Brasil venceu por 7x0. Gols de Ademir 3. Jair 2 e Tesourinha 2. E com essa goleada o Brasil conquistou o campeonato sul-americano de 1949.

Esta foi uma das formações do treinador Flávio Costa quando treinava a seleção brasileira
para o campeonato sul-americano de 1949 no Brasil.Em pé:Eli. Barbosa. Augusto. Wilson.
Danilo e Noronha.Agachados:Otavio. Claudio. Zizinho. Leonidas. Orlando. Canhotinho e Chico.
(arquivo museu do esporte)






Seleção campeã do sul-americano de 1949. Venceu o Chile por 5x1 e a equipe era a base dos paulistas.Em pé:Jonhson. Augusto. Rui. Mauro. Barbosa. Bauer e Noronha.Agachados:Claudio. Zizinho. Nininho. Jair. Simão e Mario Americo. (museu do esporte)




Barbosa e Castilho
Eram titular e reserva da seleção no sul-americano de 1949 realizado no Brasil.Barbosa já tinha sido convocado várias vezes para a seleção e era do Vasco.Castilho era do Fluminense e estava na seleção pela primeira vez.Barbosa jogou todas as partidas do sul-americano. Castilho ficou sempre na reserva.

(esporte ilustrado)






Augusto e Wilson - 1949
Foi zaga titular do time brasileiro no sul-americano de 1949 realizado no Rio de Janeiro. Era a zaga do Vasco da Gama que também era a base da seleção.No último jogo, o que decidiu o titulo para o Brasil com a vitória de 7x0 sobre os paraguaios, é que houve uma mudança na zaga. Saiu Wilson e entrou Mauro Ramos de Oliveira que estava servindo a seleção pela primeira vez. (esporte ilustrado)










Simão. Geninho. Carlayle. Ademir e Paraguaio.Ataque que treinava para disputar o campeonato sul-americano de 1949 que foi realizado no Brasil.










Esse foi o ataque que mais vezes jogou no sul-americano de 1949 realizado no Brasil e que terminou campeão.Esta é a foto que começou o jogo contra o Perú em São Januario. O Brasil venceu por 7x1. Depois entrou Ademir no lugar e Otavio e Orlando no lugar de Jair.

(esporte ilustrado)

Seleção Brasileira de Futebol

1919 - Primeiro titulo sulamericano do Brasil
(revista placar)

No terceiro campeonato sul-americano, realizado no Brasil, conquistamos nosso primeiro titulo. A final foi contra o Uruguai em memorável partida realizada no dia 29 de maio de 1919, no estádio das Laranjeiras no Rio de Janeiro. Naquela tarde, o publico lotou o estádio do Fluminense. O juiz, Juan Barbera, argentino, entrou em campo com um garboso uniforme: calção, paletó e gravata. A seleta platéia estava bem a vontade. Os cavalheiros usavam chapéus e as damas, muito elegantes, exibiam seus longos vestidos de seda. As autoridades, na tribuna de honra, apresentavam-se de fraque e cartola. No gramado os craques estava impecáveis. Cabelos curtos repartidos no meio, alguns de bigode bem cuidado, sérios e compenetrados, eles arrancavam suspiros do publico feminino. O estádio do Fluminense foi construído especialmente para o sul-americano de 1919. E foi a partir desta final que o futebol se tornou o mais popular esporte do Brasil. Nem todos tinham dinheiro suficiente para comprar os caros ingressos da grande final. Quem não entrava, porém, dava um jeito de se acomodar num morro existente nas Laranjeiras, com vistas para o estádio do Fluminense. Ou se aglomerava na frente do Jornal do Brasil, na Avenida Rio Branco, à espera do resultado da partida.Para os cariocas, maio de 1919, foi mês de festa e futebol. As festas começaram com a chegada as delegações no cais da praça Mauá. Houve recepções no Palácio do Itamarati, bailes no Clube São Cristovão, banquetes no Restaurante Assyrio e chás na Confeitaria Colombo. A celebração não foi maior porque, em pleno torneio, o goleiro reserva uruguaio Robert Chery morreu em seu quarto, no Hotel dos Estrangeiros, vitima de uma crise de apendicite.A decisão foi entre o Brasil, anfitrião, e o Uruguai, na qualidade de bi campeão. O Brasil venceu o Chile por 6x1 e a Argentina por 3x1. O Uruguai ganhou dos chilenos por 2x0 e os argentinos por 3x2. No jogo final, o tempo regulamentar terminou com 2x2, num partida cheia de alternativas. O regulamento previa a realização de uma nova partida e, em caso de outro empate, haveria tantas prorrogações quantas fossem necessária. Mais uma vez, tudo indicava que o segundo e último jogo também seria equilibrado porque as equipes se nivelavam.As onze horas da manhã o estádio das Laranjeiras já estava lotado. Vinte mil torcedores bem trajados estavam dentro do campo do Fluminense. Emoções é que não faltaram. Desde do início, as duas seleções buscaram o gol que valeria o titulo. Houve bolas na traves e chances perdidas de ambos os lados. Os noventa minutos terminou em zero a zero. Primeira prorrogação também zero a zero. Mais trinta minutos. Começou a escurecendo e se não fizessem um gol, a partida não terminaria. A torcida inquieta, antevê o gol a cada instante. E o gol não sai. A agonia termina aos 13 minutos do primeiro tempo da segunda prorrogação. Numa bola cruzada, Neco cabeceia, vários uruguaios pulam e Saporiti rebate de punhos. Friedenreich, que vinha correndo, chutou forte à meia altura, bem no meio do gol.Leques, luvas, cartolas e chapéus voaram nas arquibancadas, de onde os torcedores gritavam o nome de artilheiro Friedenreich. Depois de duas horas e meia de jogo, o Brasil ganhava o sul-americano e conquistava seu primeiro titulo importante. As ruas se encheram de gente e carros foram em corso para a avenida Rio Branco. Pela primeira vez, jogar bola deixava de ser um passatempo exclusivo de ricos e virava a alegria do povo.Detalhes técnicos do jogo –Dia: 20. maio. 1919Brasil 1 x Uruguai 0Gol de FriedenreichJuiz: Juan Barbera (Argentino)Publico: 20.000 torcedoresBrasil: Marcos de Mendonça. Pindaro e Biano. Sérgio. Amilcar e Fortes. Milton. Neco. Friedenreich. Heitor e Arnaldo.Uruguai: Saporiti. Varela e Foglino. Naguil. Zibechi e Vanzine. Peres. Scarone. Romano. Gradin e Marán.