sábado, 14 de maio de 2011

JULIO BOTELHO Julinho

Julio Botelho



















Julinho nasceu no bairro da Penha, Iniciou a carreira aos 20 anos como ponta direita do Palmeiras da Penha, mas foi no time do Banco Cruzeiro do Sul que jogava contra os aspirantes do Ypiranga na preliminar de Juventus x Ypiranga pelo campeonato paulista que Cillo Neto presidente do Juventus ficou abismado com sua atuação.



E mal o arbitro apitou o final da partida ela correu até Julinho pegou o pelo braço e fez assinar o contrato, e logo na semana seguinte ele jogou contra o XV de Novembro em Jaú. Começava ali a despontar ali um dos mais brilhantes atacantes do futebol brasileiro. Sua passagem pelo Juventus durou apenas oito meses, Fluminense, Palmeiras e Portuguesa passaram a disputar o seu passe e a Portuguesa de Desportos pagou 300 mil cruzeiros e o levou, onde ficou até 1955.





Esse um dos maiores times da Portuguesa 1952, Não perdia dos grandes, mas do pequenos times sim, por isso não era campeã
Jogou a Copa do Mundo de 1954 na Suíça onde se destacou marcando três gols. Fez 31 jogos pela seleção marcando 13 gols. Pela Seleção, Julinho foi também campeão pan-americano, em 1952, da Copa Roca e da Taça do Atlântico, em 1960.
Na Portuguesa foi duas vezes campeão do Torneio Rio São Paulo, 1952 e 1955. Dizem que foi treinar no Corinthians quando tinha seus 18 anos de idade sendo dispensado, um dos motivos que segundo ainda as mesmas línguas, sua mãe disse para ele jamais jogar no time do Parque São Jorge, coisa que ele cumpriu até mesmo depois da morte dela. Por coincidência Julinho sempre foi o grande carrasco do Corinthians, vitoria de 7 a 3 no primeiro turno do campeonato paulista de 1951, Julinho marcou 4 gols e no segundo turno novamente vitoria da Portuguesa por 4 a 3, ele teve atuação destacada.
Logo após ser campeão pela Portuguesa em 1955 ele foi vendido a Fiorentina da Itália, pelo preço de 5,5 milhões de cruzeiros, até então a maior negociação de um jogador do futebol brasileiro. Logo no ano seguinte foi campeão italiano pela Fiorentina. Foi considerado o principal jogador do time campeão italiano em 1956. Mas sua Penha lhe dava muita saudade, e em 1958 voltou ao Brasil e foi contratado pelo Palmeiras clube que ele defendeu até 1967.
Mas logo que vestiu a camisa do palmeiras teve pela frente o Corinthians no mês de Agosto dois ou três meses depois de ser contratado. Pouco antes de terminar o primeiro tempo recebeu uma entrada violenta do zagueiro Olavo, e saiu de campo de maca. Só voltou a campo quando o jogo estava perto dos dez minutos do segundo tempo. E quem pagou o “pato” foi o zagueiro esquerdo Oreco driblado a todo o momento caindo quase em cima da bandeirinha de escanteio. Era novamente o Corinthians sofrendo com a presença do endiabrado ponteiro direito.
No ano seguinte 1959 foi campeão paulista pelo palmeiras, repetindo a dose em 1963, e em 1966. Campeão do torneio Rio São Paulo pela terceira vez agora defendendo o Palmeiras, em 1965, o time que já tinha o apelido de “academia” e novamente campeão do Rio São Paulo em 1967, agora chamado de “Robertão” pelo fato de ter dois clubes fora do eixo Rio São Paulo. O Grêmio e Internacional de Porto Alegre.
Na Itália Julinho era idolatrado, sempre que a Fiorentina fazia sua festa de aniversario ele era convidado a comparecer mesmo depois de já ter parado de jogar, coisa que fez até bem pouco tempo antes de falecer. Num Bar sua mesa e cadeira ficaram como peça em exposição sem que ninguém pudesse usar.

















Foto - 13 de maio de 1959, Brasil 2 x 0 Inglaterra, o jogo da grande vaia que se transformou em aplausosEm 1959 no dia 13 de maio, num amistoso internacional realizado no Maracanã, o técnico Vicente Feola, o escalou em lugar de Garrincha, e quando o auto falante disse seu nome se ouviu a maior vaia de todos os tempos. Mas quando ele marcou o primeiro gol e deu o passe para Henrique Frade fazer o segundo, as vaias se transformaram em palmas e na saída do gramado mais de 100 mil espectadores o aplaudiram de pé, sendo aquela a maior consagração a um jogador paulista num tempo em que havia “guerra” futebolística entre São Paulo e Rio.
Julinho nunca foi esquecido. Duas décadas depois de deixar a Itália ele recebeu do Viola Clube Mário Fratechi, uma das torcidas uniformizadas da Fiorentina, troféu como “o primeiro scudetto Viola”. Seu prestigio não se limitava ao Brasil e Itália. Em fevereiro de 1961 foi fundado em Lima, no Peru, o “Club Atlético Julinho”, quem duvidar pode conferir. A flâmula esta pendurada com destaque no velho quarto da casa da Penha, até pouco tempo atrás estava pintada da cor violeta da Fiorentina. Hoje elas estão pintadas de branco.



Julinho capitão do Palmeiras 1960, antes do jogo Palmeiras 0 x 1 Penarol em Montevidéo, no segundo jogo no pacaembu o resultado foi de 1 x 1.


Nos anos 1960, quando Julinho jogava pelo Palmeiras eu estava como sempre na geral do Pacaembu, para mim o melhor lugar do estádio para assistir o jogo, a cada jogador do Palmeiras que pegava a bola era vaiado por um Corintiano que estava próximo a mim. Quando Julinho recebeu uma bola ele disse: esse eu respeito!


Meu Personagem da Semana


(Nélson Rodrigues)


Manchete Esportiva


Rio de Janeiro, maio de 1959

Amigos, Julinho começou a ser o meu personagem da semana a partir do momento em que o vaiaram. Foi, até, se me permitem a expressão, trágico. Insisto: trágico! Quem estava lá viu ou, por outra, ouviu. No instante em que o alto-falante do Maracanã anunciou Julinho em lugar de Garrincha, o estádio entupido foi uma vaia só. Menos eu. Eis a verdade: - eu não apupei, embora preferisse Garrincha. Parecia-me que o escrete sem o "seu" Mané era um mutilado. Na pior das hipóteses, eu achava que o Feola devia ter posto os dois: - Julinho na ponta direita e Garrincha na esquerda. Mas um técnico tem razões que a razão desconhece. Puseram só Julinho e esqueceram o Garrincha. Verificou-se, então, o amargo e ululante desagrado da multidão. Naquele momento, ninguém se lembrou, no Maracanã e fora dele, de quem é Julinho na história do futebol brasileiro. Sim, amigos: - o homem andou pela Itália e quando voltou nós o olhamos, de alto à baixo, como se fosse um gringo qualquer ou pior do que isso, como se fosse um perna de pau. Não há nada mais relapso do que a memória. atrevo-me mesmo a dizer que a memória é uma vigarista, uma emérita falsificadora de fatos e de figuras. Por exemplo: - ninguém se lembrava de que, no mundial da Suíça, contra os húngaros, Julinho fizera um carnaval medonho. De certa feita, driblara toda a defesa contrária para finalizar com uma bomba e que bomba! O arqueiro nem viu por onde a bola entrou. Esse gol Foi uma obra-prima e devia estar numa vitrine de turismo, para a admiração pateta dos visitantes. Pois bem: - ao ser anunciada a escalação de Julinho, a nossa memória apresentou-nos a imagem não autêntica, não fidedigna do craque, mas de um quase penetra do escrete.

Ao ouvir o apupo,, eu fui um pouco oracular para mim mesmo. Imaginei o seguinte vaticínio:
- “Julinho vai comer a bola!" Podia parecer uma piada e, no entanto, era uma grave profecia. Eis a verdade: - para o jogador de caráter uma vaia é um incentivo fabuloso, um afrodisíaco infalível. Imagino que Julinho a de ter entrado em campo crispado da cabeça aos sapatos ou, retifico, às chuteiras. Nunca um craque foi tão só. Era um único contra duzentos mil. Mas homem de brio indomável, Julinho aceitou a luta: - bateu-se contra a multidão que o cercava por todos os lados, disposta a crucificá-lo em outras vaias. Mas se nós tínhamos e esquecido Julinho, Julinho não estava esquecido de si mesmo. Foi Julinho em cada um dos 45 minutos, foi sempre Julinho e só Julinho. Em inúmeras ocasiões o que ele fez com o adversário foi pior que xingar a mãe. E o primeiro gol, ah, o primeiro gol! Ele o marcou contra os ingleses, sim, mas também contra os que o vaiaram. Enfiou a bola de uma maneira, por assim dizer, sádica. Jamais houve um gol tão amorosamente sofrido como este. A partir da abertura da contagem, todo mundo passou a reconhecê-lo, todo mundo admitiu para si mesmo:

- "Este é o Julinho !" E era.

Ele não parou mais. Aquela multidão se arremessara contra ele como um touro enfurecido. Pois bem: - ele agarra o touro a unha e lhe quebra os chifres. Então, aconteceu o milagre. O ex-touro brabo, já manso, tornou-se em outro bicho. Sim, amigos: - do primeiro gol em diante, a multidão transformou-se a "macaca de auditório" de Julinho. Se ele apanhava a bola, os duzentos mil espectadores arreganhavam o riso enorme e já gozavam, por antecipação, o que o Julinho iria fazer. Vejam vocês as ironias da vida e do futebol: - de um momento para outro, o vaiado, o apupado, o quase cuspido, transformava-se num triunfador. E, de fato, Julinho foi grande. Nos pés de Julinho a jogada se enfeitava como um índio de carnaval. De certa feita, como um, dois, três, quatro e quase entra com bola e tudo. Imagino que, neste momento, Lord Nelson há de ter perguntado, lá do alto, para o mais próximo companheiro de eternidade:

- "Quem é esse cara ?" O "cara" era Julinho, sempre Julinho.

Assim é o brasileiro de brio. Dêem-lhe uma boa vaia e ele sai por aí, fazendo milagres, aos borbotões. Amigos, cada jogada de Julinho foi exatamente isso: - um milagre de futebol.









































































































quinta-feira, 28 de abril de 2011

Nilza - 1940 – 2011 -



A grande jogadora de basquete dos anos 1970

Outro dia veio a minha mente aquela maravilhosa seleção feminina de Bola ao Cesto, de 1971 que disputou o campeonato mundial de bola ao cesto aqui em são Paulo.
Era a geração de Maria Helena que anos mais tarde foi técnica da seleção. Tinha também mignon jogadora Norminha a grande dribladora, Simone que se dedicou a cantar e Nilza uma morena alta e muito bonita.
Pois hoje sou surpreendido quando leio na coluna Torcida Amiga da Gazeta da zona Norte, que a Nilza faleceu aos 68 anos dia 10 de Abril vitima de câncer.
Seu nome completo Nilza Monte Garcia (foto no anexo) Uma das principais atletas da sua geração. Ela era Pivô e uma das mais altas e tinha muita facilidade de girar o corpo e mandar a bola para a cesta.
Naquele campeonato mundial de 1971 ela foi medalha de bronze junto a suas colegas de seleção, mas já tinha sido medalha de ouro dos jogos pan-americanos de Winnpeg- 1967 e Cali 1971 e o tri campeonato Sul Americano Chile 1968 – Equador 1971 – Equador – 1970 – Bolívia 1974. Era formada em Pedagogia e Educação Física e também dedicou-se a carreira de professora. Paz a sua Alma!

Mário Lopomo

sábado, 2 de abril de 2011

Apenas mais um dia O dia amanheceu muito esquisito Céu carrancudo, com cara de ranço. Com roncos, e ar de bravo. O barulho foi ficando muito forte. Até que lagrimas do céu caíram. Caiu tanto, que molhou toda a cidade. Alicerces foram ficando alagados O lixo expulsou a água das bocas de lobo E pessoas estavam à margem da vida Residências ficaram com água até o teto. Com muita gente desesperada nadando. Vendo o governo como sempre quieto E como todos já estavam parando O carros reclamavam buzinando Pessoas impotentes franziam a testa Todos visivelmente irritados, Viam ladrões Fazendo a festa Em meio aos carros corriam a beça. Um dos ladrões bancava o falastrão Sem querer saber se é bonito ou feio Iam fazendo o famoso arrastão Com objetos viajando para o alheio. ÀS VEZES Às vezes temos o que falar, e não sabemos como dizer. Ou então queremos falar, e não temos quem ouvir. Às vezes temos o que comer, e não podemos comer qualquer coisa. Às vezes temos aonde ir, e não temos quem convidar. Às vezes temos vontade de fazer algo, e a preguiça é maior que à vontade. Às vezes queremos rezar e, não vemos a imagem do senhor. Às vezes não temos mãe, e ela, assim mesmo é xingada . Tem ocasião que queremos ir a algum lugar, e não temos com quem ir. Às vezes somos honestos, porque não fomos atiçados. Às vezes somos desonestos, porque o dinheiro esteve a nossa frente. BERÇO Essa é uma palavra subjetiva O berço é o recanto do Nené Mesmo antes de nascer os pais providenciam O berço é objeto de admiração Mais por causa de quem nele está Pois se solitário fosse seria apenas um móvel Na visita a quem ocupa o berço, Muitas coisas podem passar despercebido Somente um marceneiro fanático iria prestar atenção Pois detalhes não escapam a quem o vê como profissional Sua admiração pode ser por seu estilo Decaut ou Noveau Como pode ser também motivo de decepção por um móvel Rústico ou torto e também confeccionado em madeira sem lei Mas a admiração mesmo tem que recair em quem nele habita Pode ser filho de rico que nasce em berço de ouro Ou então filho de pobre que está em berço emprestado. O berço faz parte de momentos eternos ou efêmeros Por que em pouco tempo, o Nené pula para a cama. CAMA A cama é uma armação retangular, cujo estrado Sustenta o colchão que por sua vês, Nela pode estar a fêmea e o machão Sustenta originalmente os cônjuges Mas pode estar a empregada e o patrão... Na cama pode estar corpos unidos Pela instituição oficial ou artificial Ela foi concebida para o descanso noturno Mas pode se desviar para o matutino também A cama pode ser sinônimo de sexo e luxuria Para as coisas objetivas e subjetivas O espaldar da cama é a cabeceira que recosta Ombros para um dialogo isento de colóquio ! Alguém ousa em duvidar ? Ou será sempre um utensílio para expor Somente seres aos caprichos inconfessáveis ? Não... A cama pode muito bem ser o local Onde se reconciliam e, se colocam as coisas no lugar Ah! o travesseiro fica na junção do colchão com a cabeceira... É o lugar onde ninguém escapa de si mesmo. O travesseiro pode ser motivo da preguiça para se levantar. Mas é o grande psicólogo de qualquer ser humano. Dele, ninguém foge. REFLEXÃO. Parece que você hoje não esta nos seus melhores dias. Está muito fechada, não diz nada. Será que a decepção tomou conta de você. E a deixou em depressão... Que tal dar uma olhada no espelho? Aproveite ele está bem a sua frente, Abra a janela. O espelho refletirá o céu azul que esta lá fora. Aqui dentro ficara com resfriamento muscular e mental. Saia um pouco, vá tomar um sol, Vá ficar sob os raios solares. Para que, você possa refletir sob esse céu azul, De como é bela a vida, lá fora As aves com som e ritmo musicados de pássaros Cantam como se tenores fossem, O vento vai esvoaçar seus cabelos. E por falar nisso, Que tal um corte mais moderno,roupas coloridas, E andar por caminhos não percorridos. Ai você terá a dimensão exata de quanto tempo, Perdeu, na quietude e choros pelos cantos... Até então seu sentimento interior, Logo mais ao retornar pra casa, Verá, que hoje, é dia de faxina. ROTINA Todas as manhãs, na soleira da porta, Ela dava tchau e dizia: “Bom trabalho, vai com Deus!” Todas as tardes, ela, Na soleira da porta, perguntava: “Como foi seu dia?” Na calada da noite, carinhos... Na silencio da madrugada, gemidos No crepúsculo do escuro para o amanhecer. O despertador chamava, Para mais um dia de trabalho. Na mesa, o café, pão e manteiga. No jardim, rosas vermelhas ainda... Orvalhadas, pelo sereno da madrugada. Na soleira da porta, outra vez, O beijo, o tchau e o “Deus te acompanhe!” Outro dia de trabalho, de suor. Nem sempre reconhecido, mas, Quando volta, novamente o carinho O beijo de mais um dia de labuta. É a rotina diária que o ser humano Incorpora sem perceber que os dias,meses e anos; Fizeram parte de sua vida. Para que, um dia, receba uma mísera aposentadoria. / Nunca condizente com o que realizou na vida...Hoje, a soleira da porta é apenas o estacionamento de sua cadeira de balanço. A televisão, é o cinema que ele, Por falta de tempo, deixou de assistir...

sábado, 5 de fevereiro de 2011

PALMEIRAS X CORINTHIANS.
Por - Mário Lopomo


*Esse jogo entre os maiores rivais do futebol paulista foi tão importante que o Palmeiras com as cores verde e branco e o Corinthians com asa cores preta e branca fizeram o “jogo Vermelho”. Foi um jogo em prol do Comunismo, que estava as vésperas de ser liberado com o fim da ditadura Vargas.

Quem conta e o deputado federal e palmeirense Aldo Rebelo, em seu livro. Palmeiras x Corinthians 1945-

O jogo Vermelho. Era um tempo que ser comunista era uma gloria, talvez por estar o partido na ilegalidade. Até meu pai era entusiasta dessa ideologia. Perguntei a ele “Pai, o que é comunismo?

– É a “igualdade dos povos” disse ele. Fingi que acreditei... Mas com respeito ao jogo sabia-se que alguns jogadores eram simpatizantes do comunismo como relata Aldo Rebelo. Claudio Cristovam Pinho, guardou relações ao longo de sua vida com movimentos políticos de esquerda, mas não teve uma participação ativa.


O presidente do Corinthians Alfredo Ignácio trindade também era um adepto do PCB, e o vice presidente do Palmeiras Leonardo Fernando Lotufo também, o presidente da federação Paulista de Futebol,apoiou a realização do jogo, então “estavam todos em casa” e o jornalista Lido Piccinini dono do jornal O ESPORTE foi a favor da realização do jogo em favor do MUT (movimento unificador dos trabalhadores, uma corrente do Partido Comunista Brasileiro. O jogo foi realizado no dia 15 de outubro de 1945, e o estádio lotado de operários, sindicalistas, jornalistas e comunistas. Todos logo cedo ocupando seus lugares assistindo a preliminar entre o quadro da Fiação e tecelagem x o time da Construção Civil, com vitoria da tecelagem por 3 x 2. Logo depois entravam em campo os jogadores do Cotejo principal.





*-Fotos livro, Palmeiras x Corinthians 1945- o jogo vermelho.




O Palmeiras que estreava o técnico Osvaldo Brandão (Seu ex. jogador) entrou em campo com: Clodô, Caieria e Junqueira. Zezé Procópio, Tulio e Waldemar Fiume. Osvaldinho, Gonzales, Lima IV, Lima e Canhotinho. Já o Corinthians fazia entrar: Bino, Domingos e Rubens. Palmer, Helio e Aleixo. Claudio, Milani, Servilio, Eduardinho e Ruy. O Arbitro foi João Etzel.

O publico que lotava o estádio vibrava, com o gol do Corinthians, marcado por Servilio que driblou o goleiro Tarzan, que substitui Clodô. Mas não demora muito e Waldemar Fiume (“o pai da bola”) empata depois do rebote de um chute de Lima IV. A torcida do Palmeiras ainda comemorava o gol de empate, quando Lima IV chuta forte vencendo o “Gato Selvagem” Bino, passando o Palmeiras ficar a frente do placar. Depois novamente Lima IV que atormentava a defesa corintiana, erra o chute e a bola cai no pé de Villadonica que entro no lugar do irmão do Lima IV o, Lima (garoto de ouro) um dos quatro irmãos Lima. Final Palmeiras 3 x 1











1951 era o ano das cinco coroas do palmeiras, o Corinthians estava na fila já há 10 anos. Mas era sempre um clássico de rivalidade que o jornalista Tomaz Mazzoni apelidou de “Derby”. Nesse ano o Palmeiras derrotou o Corinthians duas vezes na decisão do titulo do Torneio Rio São Paulo..

1º jogo - PALMEIRAS 3 X 2 CORINTHIANS - domingo, 8/abril (tarde) - Estádio: Pacaembu -Juiz: Caetano Bovino - Renda: Cr$ 735 953,00 - PALMEIRAS: Oberdan, Salvador e Oswaldo; Waldemar Fiúme, Luiz Villa e Dema; Lima, Aquiles, Liminha, Jair Rosa Pinto e Rodrigues Técnico: Ventura Cambon - CORINTHIANS: Cabeção, Homero e Rosalém; Idário, Touguinha (Lorena) e Julião; Cláudio, Luizinho, Baltazar (Jackson), Nardo e Colombo - Técnico: Newton Senra - Gols: Liminha 4, Colombo 34 e Homero (contra) 42 do 1º; Jackson 3 e Aquiles 20 do 2º tempo -Expulsão: Colombo

2º jogo - PALMEIRAS 3 X 1 CORINTHIANS - quarta-feira, 11/abril (noite) - Estádio: Pacaembu Juiz: Dante Rossi - Renda: Cr$ 827 992,00 - Público: 54 465 - PALMEIRAS: Oberdan, Salvador e Oswaldo; Waldemar Fiúme, Luiz Villa e Dema; Lima, Aquiles, Liminha, Jair Rosa Pinto e Rodrigues - Técnico: Ventura Cambon - CORINTHIANS: Cabeção, Homero e Rosalém; Idário, Touguinha (Lorena) e Julião; Cláudio, Luizinho, Baltazar (Jackson), Nardo e Nelsinho - Técnico: Newton Senra - Gols: Jair 17, Aquiles 33 e Luizinho 34 do 1º tempo e Jair 7 e Luizinho 34 do 2º tempo. Expulsões: Luiz Villa e Cláudio

Já em janeiro do ano de 1953 e valendo para o campeonato paulista de 1952 o Corinthians embalado para a conquista do Bi campeonato, pegava o Palmeiras que no domingo anterior tinha jogado em Jaú contra o forte Galo da Comarca vencendo por 2 x 1, com um goleiro vindo do Paraguay, de nome Herrera fechando o gol. Era ele uma das grandes atrações para aquele jogo, e foi ele a figura de destaque das reportagens como o maior fracassado daquele jogo. Que teve um resultado desastroso para o Palmeiras 6 x 4.


Foi num domingo a tarde 18 de Janeiro de 1953, pelo segundo turno do campeonato paulista.

Juiz: William Henry Darlington (INGLATERRA)

Renda: Cr$ 855 795,00 publico 56. 654 pagantes.


PALMEIRAS: Herrera, Rubens e Juvenal; Waldemar Fiúme, Luiz Villa e Dema; Odair, Ponce de León, Liminha, Canhotinho e Rodrigues.Técnico: Cláudio Cardoso =


CORINTHIANS: Gilmar, Homero e Olavo; Idário, Goiano e Roberto; Cláudio, Luizinho, Baltazar, Carbone e Souzinha. Técnico: Rato =


Gols: Cláudio 5, Baltazar 9, Cláudio 29, Odair 35, Rodrigues 40 e Cláudio 42 do 1º; Baltazar 15, Carbone 26, Odair (pênalti) 31 e Liminha 44 do 2º . Esse é o jogo inesquecível para os dois lados. Um de tristeza e outro de felicidade.

Mas em 1954, o Derby ia decidir o titulo paulista o mais ambicionado por ser o do IV Centenário da cidade de São Paulo, Não foi o jogo da ultima rodada, mas da penúltima, e o Corinthians dependia de um empate para ser o campeão pelo fato de ter conquistado mais pontos que os demais e o que mais se aproximava dele era o Palmeiras com um ponto a menos. Não houve vitoria e sim o empate que servia ao Corinthians dando – lhe o titulo graças há um gol de cabeça do “pequeno polegar” Luizinho por seu porte físico pequeno.


Manoelito zagueiro do Palmeiras não acredita como aquele baixinho metido a besta conseguiu cabecear tendo a frente zagueiros altos como ele e o beque central Cação. O motivo de ele cabecear livre foi por causa que Baltazar era o cabeceador chamado de cabecinha de ouro, e um gênio chamado Cláudio Cristovam Pinho vendo Baltazar bastante vigiado vislumbrou Luizinho livre, jogando a bola na cabeça dele como se tivesse jogado a bola com a mão. Esse e outro resultado que não sai da cabeça dos torcedores que ainda estão vivos.

Depois disso o Corinthians entro numa fila que durou 23 anos, e Palmeiras e Corinthians passou a ter o domínio do Palmeiras, em 1958 depois de sete anos sem ganhar do Corinthians o Palmeiras deu uma sonora goleada por 4 x 0, num autentico show de bola. Chinezinho ponta esquerda, recém contratado depois de um bombardeio na meta corinthiana exclamou. Pô essa bola não entra! No que foi consolado por Julio Botelho (Julinho), calma rapaz quando entrar uma as demais vão entrando.


Naquele jogo pouco antes de terminar a primeira etapa Julinho naquela sua arrancada apelidada de Flexa voadora, levou um ponta pé por trás de Olavo caindo ao solo saindo desmaiado para o vestiário, pouco antes de terminar oprimeiro tempo.

Um torcedor a meu lado na geral, gritou: Se eu te ver na Rua passo meu caminhão em cima de você, fdp.


Quando os jogadores voltaram para o segundo tempo Julinho continuou no vestiário, e o Palmeiras ficou com um a menos, mas aos dez minutos ele voltou e foi aplaudido por todos os torcedores inclusive corintianos.


Ai deu dó foi do zagueiro esquerdo do Corinthians Oreco, que tomou um baile e num drible seco caiu em cima da bandeirinha de escanteio para delírio de quem estava na geral ao lado do túnel.


Naquele dia os times eram esses: Palmeiras - Anibal, Jorge e Waldemar Carabina, Zequinha, Formiga e Geraldo Scotto. Julinho, Paulinho, Nardo, Enio Andrade e Chinezinho.


Corinthians: Gilmar, Olavo e Oreco. Idario, Walmir e Benedito. Zague, Luizinho, Índio, Rafael e Tite.


Gols. Paulinho 4´- Julinho 16´- Paulinho 18 e aos 45´ 2º tempo.


Arbitro Estebam Marino.

O palmeiras foi campeão de 1959, e disputou quatro jogos contra seu tradicional adversário duas vitorias do Palmeiras e dois empates. 3 x3 dia, 24 de março (quadrangular Roberto Ugolini) -

Palmeiras 2 x 1 dia 10 de maio (torneio Rio São Paulo) –

1 x 1 dia 16 de agosto, campeonato paulista –

Palmeiras 3 x 0 dia 25 de novembro (campeonato paulista 2º turno).

E no ano seguinte 1960 dia 13 de Abril uma quarta feira da semana santa, os dois iam se encontrar mais uma vez, já fazia seis partidas que o Corinthians não ganhava do Palmeiras, e ai era de se prever o publico que estaria no Pacaembu. Quando eu chegava ao final da avenida Paulista para descer a Rua Itápolis, se ouvia o burburinho, sinal que o estádio estava cheio isso uma hora e meia antes do jogo.

Era um tempo gostoso em que os torcedores dos dois times sentavam um ao lado do outro sem agressão (salvo alguma exceção). Como todo jogo entre os dois clubes difícil e disputado, o primeiro tempo terminou zero a zero, e qualquer um podia ganhar, e aos oito minutos do segundo tempo Luizinho na cara de Waldir pega um sem-pulo, que o goleiro não consegue segurar e Lanzonhinho pega o rebote e manda para as redes.

O Palmeiras tentou de todo modo pelo menos empatar, mas o Corinthians tinha um goleiro chamado Gilmar que se responsabilizou em fazer a sua parte, até mesmo nos últimos minutos uma falta perto da área que Romeiro bateu Gilmar pegou.

Era um tempo que a gente voltava pra casa de cabeça inchada. Depois disso esse jogo passou a ser corriqueiro, até 1971, quando o Palmeiras vencia por 2 x 0 com dois gols de Cesar logo de inicio, e com uma chance de Ademir Da Guia matar o jogo, mais de 60 mil torcedores viram um dos maiores jogos entre os dois times.

E no segundo tempo quando o técnico Francisco Sarno colocou Adãozinho no lugar de Samarone, mudou a historia do jogo, e o Corinthians acabou vencendo por 4 x 3. Depois disso os dois se enfrentaram sempre com equilíbrio a não ser esporádicas goleadas.

A maior de todas as goleadas foi Palmeiras (Palestra Itália) 8 x 0 dia 5 de novembro de 1933 –

Corinthians 4 x 1 dia 28 de março 1942 –

Corinthians 4 x 1 dia 27 de maio 1942 -

Corinthians 4 x 2 -dia 15 de julho 1942 –

Corinthians 4 x 1 dia 5 de março 1944 –

Palmeiras 4 x 1 dia 30 junho 1946 –

Palmeiras 6 x 0 (taça cidade de São Paulo 25 Abril 1948 –

Corinthians 5 x 1 27 agosto 1952 –

Corinthians 6 x 4 18 janeiro 1953 –

Palmeiras 5 x 2 dia 4 dezembro 1963 –

4 x1 dia 29 novembro 1964 -

Palmeiras 4 x 1 dia,15 dezembro 1974 –

Palmeiras 4 x 2 dia 24 de julho 1977 –

Corinthians 5 x 1 dia 1 de agosto 1982 –

Palmeiras 5 x 1 dia 3 de agosto 1986 –

Palmeiras 4 x 0 dia 13 Junho 1993 -

Palmeiras 4 x 1 dia 13 Novembro 1994 –

Corinthians 5 x 2 dia 19 Abril 1997 –

Palmeiras 4 a 2 dia 24 janeiro 1998 –

Palmeiras 4 x 1 dia 12 setembro 1999 -

Corinthians 4 x 2 dia 21 de maio 2000

Mário Lopomo









quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Casa de Adoniran Barbosa.

Rua Coronel











quarta-feira, 3 de novembro de 2010





Fabio Cripa
(Já é uma saudade)
Em julho de 1951, foi realizado a competição internacional de futebol, Taça Rio que reuniu os principais campeões nacionais da Europa e da América do Sul. Participaram,Olympique de Nice (da França), Estrela Vermelha (da Iugoslávia), Juventus (da Itália), Nacional (do Uruguai), Austria Viena (da Áustria), Sporting Lisboa (de Portugal), Vasco da Gama e Palmeiras (do Brasil) lutavam pelo título. A maior parte da imprensa esportiva brasileira apontava o Vasco da Gama como o grande favorito para conquistar a competição Durante o torneio Taça Rio, o Palmeiras foi derrotado por 4 x 0 pelo Juventus da Itália, e o goleiro Oberdan foi sacrificado, e no jogo seguinte o reserva Fabio foi colocado em campo contra o outro clube brasileiro do torneio que era o campeão carioca o Vasco da Gama, que com o Palmeiras representava o futebol brasileiro.
Nesse jogo o Palmeiras venceu por 2 x 1. Nesse jogo o Palmeiras jogou com: - Fábio, Salvador e Juvenal; Waldemar Fiúme (Túlio), Luiz Villa e Dema; Liminha, Aquiles (Ponce de León), Richard, Jair Rosa Pinto e Rodrigues. Nesse jogo Aquiles quebrou a perna. O segundo jogo foi realizado no Maracanã e o Vasco era tido como o franco favorito e tinha sido a base da seleção brasileira da copa de 1950, e esse torneio fora feito para o Vasco ser campeão. Para o Palmeiras passar para a faze seguinte do torneio bastava um empate o que realmente aconteceu por zero a zero, e Fabio foi o maior homem em campo fazendo defesas maiúsculas. A partir daí ele ganhou a camisa de titular colocando o grande Oberdan Catani na reserva. A seguir o Palmeiras venceu o Juventus por 1 x 0 e depois empatou por 2 x 2 e foi campeão do torneio, que foi o primeiro torneio mundial de clubes.
O ultimo jogo de Fabio no Palmeiras foi Palmeiras 7 x Linense 2, no Pacaembu. PALMEIRAS: Fábio, Rubens e Cação; Waldemar Fiúme, Sarno e Dema; Liminha, Richard, Berto, Jair Rosa Pinto e Lima. Fabio jogou 80 vezes pelo Palmeiras teve 41 vitorias, 18 empates e 21 derrotas.
Infelizmente hoje Fabio Cripa deixa a vida dos vivos para entrar na eternidade da historia do futebol brasileiro.










sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Baltazar o cabecinha de ouro

Oswaldo Silva
(Baltazar o Cabecinha de Ouro)


"Nunca fui bom com os pés, mas, com a cabeça, nem o Pelé foi melhor do que eu", dizia ele sem constrangimento.

Osvaldo Silva, Nasceu a 14 de Janeiro de 1926 em Santos e iniciou sua carreira como meia direita do Jabaquara AC em 1943. Apesar de se chamar Oswaldo Silva, o Cabecinha de Ouro usou nos gramados o nome de seu irmão, que também era jogador de futebol, mas que não conseguiu atingir sucesso que ele Oswaldo teve nos gramados. A primeira vitoria de ressonância de Owaldo Silva o, Baltazar foi quando, dois meses depois de sua estréia o Jabaquara surpreendeu o São Paulo líder do campeonato, no dia 9 de Julho de 1944, Em Ulrico Mursa, vencendo por 3 x 2, ali ele ainda era o meia direita. O dois gols do São Paulo tinham sido marcados por Luizinho Mesquita, e os gols Jabaquara, Foram por Bahia, Tom Mix e Baltazar. E nesse seu primeiro campeonato ele participou somente dois terços e marcou sete gols, sendo cinco de cabeça.







Este é o time do Jabaquara o ultimo ano dele em Santos, Baltazar aos 19 anos, é o terceiro de pé da esquerda para a direita.
Em 1945 Baltazar foi contratado pelo Corinthians, aos 19 anos de idade diretamente contratado ao Jabaquara A.C. do bairro do Macuco em Santos, (onde nasceu), pelo presidente Alfredo Ignácio Trindade, porque o Teleco estava encerrando a carreira e o Servilio já estava meio baleado...no inicio ele jogou como meia direita e somente no final da década de 40, com a saida do Servilio, ele foi jogar como centro avante.
O sei primeiro campeonato paulista pelo Corinthians foi no ano de 1946 que time tinha essa formação: Bino, Domingos da Guia e Aldo. Palmer, Helio e Aleixo. Claudio, Baltazar, Servilio, Rui e Walter (Pipi). Veja que também no Corinthians ele começou como meia direita, já que Servilio que era pai de um outro Servilio que brilharia vinte anos depois era o titular como centro avante.

Foi vice campeão em 1946, 1947, quarto colocado em 1948, quinto colocado em 1949, quinto colocado em 1950, no campeonato paulista, mas já tinha sido campeão pelo torneio Rio São Paulo em 1950, sendo artilheiro do torneio com nove gols. Sendo que no jogo decisivo que valeu o titulo foi um empate de 1 x 1 contra o Botafogo , com gols de Noronha e Otavio, e o Corinthians jogou com Bino, Nilton e Belfare. Idario, Touguinha e Helio. Claudio, Luizinho, Baltazar, Nelsinho (Edelcio) e Noronha.
Em 1950 foi convocado pelo Flavio Costa para a seleção brasileira, porque tinha que ter um jogador do Corinthians na seleção e ao invéz de convocar o Claudio (ponta direita) preferiu o Baltazar (que aliás jogou somente o jogo contra a Suíça no Pacaembu, no qual marcou um gol no empate de 2x2) (foto) No Corinthians ele marcou muitos gols, e vários de cabeça e, não demorou muito, o compositor e critico musical, Alfredo Borba, corintiano roxo, compôs uma musica dedicado a ele com o titulo de, “Gol de Baltazar”, que foi gravada no ano de 1952, pela cantora Elza Laranjeira. “Gol de Baltazar, gol de Baltazar, salve o cabecinha um a zero no placar”.
Seu primeiro titulo do campeonato paulista foi em 1951, (na foto acima o time dos 103 gols) ai Baltazar já era um craque consagrado, marcou 24 gols e só não foi o artilheiro do campeonato por que seu companheiro de clube Carbone, cismou de marcar 30. No jogo final em que o “timão” venceu o Guarani por 4 x 0, Baltazar marcou dois gols, e Jakson e Carbone os demais. E ai o time era Cabeção, Murilo e Julião. Idario, Touguinha e Lorena. Claudio, Luizinho, Baltazar, Carbone ( Jakson) e Mário. Nesse mesmo ano de 1951, Baltazar fez o seu primeiro jogo internacional, jogando fora do país, seu batismo internacional não podia ser mais rigoroso, enfrentando a poderosa seleção Uruguaia campeã mundial, titulo conquistado um ano antes no Brasil. E o Corinthians venceu com uma goleada de 4 x 1, juntamente com seus colegas. Cabeção, Homero e Rozalem, Idario, Touguinha e Julião (Roberto). Claudio,Luizinho, Carbone (Nardo) e Colombo, (Nelsinho).
Nesse ano 1951, êle ganhou um concurso do jogador mais popular do Brasil e ganhou um automovel Studbaker zéro (promoção americana para vender esta marca e que tinha uma revendedora na av.São João dom a Avenida Ipiranga. Anos mais tarde ele teve um incidente com seu carro Cadilac na Via Dutra que teve um incêndio. Baltazar era o grande ídolo corintiano e torcida sempre fiel, se cotizou e deu outro carro para ele de presente.
Foi bi campeão em 1952, ai como artilheiro absoluto com 27 gols. Mas a gloria mesmo para Baltazar foi a conquista do titulo paulista de 1954, quando a cidade de São Paulo comemorava seus 400 anos, e o titulo veio em fevereiro de 1955 um Mês depois de terminado a desta do IV Centenário, sendo esse o maior titulo não só do Corinthians como dele Baltazar.
Baltazar jogou pelo Corinthians de 15 de Novembro de 1945, até 26 de Abril de 1957, 402 jogos ele disputou e marcou um total de 267 gols pelo Corinthians, 70 desses gols de cabeça. Ainda em 1957 jogou pelo Juventus da Mooca, daí voltou a Santos onde jogou novamente pelo Jabaquara, e por fim ainda em 1959 no União Paulista de São Paulo.














Seis anos após sua despedida dos gramados, foi convidado pelo Corinthians para o cargo de auxiliar técnico, cargo que exerceu até ser efetivado como técnico em 1970. Como treinador alcançou bons resultados levando a equipe a fase final do Campeonato Brasileiro, em 1971, nessa época a equipe corintiana já amargava um jejum de 17 anos sem títulos; mas as derrotas, no mesmo campeonato, combinadas a uma série de desentendimentos entre treinador e diretoria, acabaram causando sua demissão. Insistiu na carreira de técnico por alguns anos em equipes menores, contudo, sem sucesso.


Nas fotos Baltazar dos anos 1950, a esquerda contra o Santos com o zagueiro Helvio, e a direita com Palante, num jogo contra o Palmeiras















Garça FC, um dos ultimos times que Baltazar jogou, em 1958, na foto ele tem a sua esquerda China, que foi ponta direita do São Paulo FC de 1947 a 1949.
Fora dos gramados, como varios jogadores do passado, Baltazar passou por dificuldades financeiras, se defendeu como pôde, vendendo livros, comerciante e por quatro anos trabalhou como carcereiro no extinto presídio do Carandiru. Foi casado com Neli Capelupi, uma grande cantora que na vida artistica era conhecida como Nilcéia Rojers, com quem viveu por mais de 40 anos e, teve dois filhos(um casal) Carlos Alberto Silva (batata) hoje com 55 anos, que tambem foi jogador de futebol e jogou entre outros clubes no Botafogo carioca onde conseguiu algum destaque e terminou sua carreira de futebolista no Bandeirantes de Birigui ao final dos anos 1980 ainda jovem com 34 anos. Hoje aos 55 anos é um prospero emprezario dos transportes. A filha Lourdes Giaconia, de 50 anos é, casada com Mauro Giaconia e tem três filhos, o mais novo é Maurinho, que cultua a memoria do avô. O sucesso da familia deve-se mais a grande companheira de Baltazar, Neli, que soube driblar as dificuldades e levar seus filhos ao sucesso na vida cotidiana. Como sempre, o homem que tem uma grande mulher ao lado não morre desamparado.
Nos anos mais dificeis da vida de Baltazar, ele teve sempre o respaldo de sua esposa que mesmo passando por serias dificuldades financeiras esteve junto ao "cabecinha de ouro" até o final de sua vida, que pouco antes de sua partida sofria do mal de Alzheimer, por esse motivo esteve desaparecido por varios dias, sendo encontrado perambulando em uma das cidades do litoral.
Baltazar (Osvaldo Silva) faleceu no Hospital Santa Izabel, localizado na Serra da Cantareira (Zona Norte de São Paulo), dia 25 de março de 1997 aos 71 anos em decorrência de seus múltiplos problemas físicos.

Nas fotos acima, um dos muitos gols de Baltazar, uma certeira cabeçada e indefensavel para o goleiro Laercio do Palmeiras por 2 x 1. Aconteceu no dia 15 de abril 1956, pelo torneio Rio São Paulo
Na primeira foto Baltazar está cabeceando. na segunda, Rafael corre para um possivel rebote
e, na terceira ele comemora o gol, de Baltazar "o cabecinha de ouro".


Aqui Baltazar esta no centro do ataque da selação brasileira, que tinha,Maneca, Zizinho, Ademir Menezes e Chico, em 1949. Baltazar participou de dois jogos na copa mundial de 1950. Na partida inaugural contra o México 4x0, sendo autor de um dos quatro gols, e o segundo jogo no Pacaembu contra a Suiça, (foto abaixo) no empate de 2 x 2, sendo ele o autor do segundo gol Brasil. Da esquerda para a direita em pé, Rui, Barbosa, Augusto, Bauer, Noronha e Juvenal. Agachados. Alfredo, Maneca, Baltaar, Ademir e Chico e o massagista Mario Americo.

A copa de 1954 começou com esse gol marcado por Baltazar nas elinatorias contra o Paraguai.
Este é o time que disputou a Copa do Mundo de 1954. Da esquerda para a direita. Djalma santos, Brandãozinho, Newtin Santos, Pinheiro, Mário Americo(massagista)Castilho e Bauer; Agachados. Julinho, Didi, Baltazar, Pinga e Rodrigues.O Cabecinha de Ouro está imortalizado no jardins da "Fazendinha" (Parque São Jorge) com um busto de bronze, com a fisionomia bem parecida a sua real, coisa dificil dos artistas conseguir. Baltazar fez parte da minha infância, era um tempo que a garra corinthiana, estimulava os corintianos, sempre a espera das viradas, que vinha e, a atenção nervosa dos adversarios torcendo para que isso não viesse a acontecer.

Como dizia Fiori Giglioti. Baltazar ficara por todo sempre, incrustado na ternura e na sinceridade do nosso cantinho de saudade.

Texto e pesquisa: Mário Lopomo.
Colaboração: Flavio Rocha e José Paulo de Andrade.

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